Moção de solidariedade com os educadores/as gaúchos e seu sindicato CPERS

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE, entidade representativa dos profissionais da educação básica brasileira, torna pública a sua mais irrestrita SOLIDARIEDADE a greve geral deflagrada pelos professores/as do Estado do Rio Grande do Sul, em assembleia realizada na última terça feira, dia 05 de setembro.
Milhares de professores/as das escolas da rede estadual se reuniram para decidir que ações tomar diante de mais um acinte do governador gaúcho José Ivo Sartori (PMDB) e, pela quarta vez em apenas 36 meses de (des)governo, os educadores da rede estadual do Rio Grande do Sul decidiram cruzar os braços. O estopim dessa decisão foi mais uma atitude desrespeitosa com os professores das escolas do Estado: o parcelamento de salários proposto pelo governo gaúcho – o 21º parcelamento em sua gestão – e a decisão de a parcela inicial ser de somente 350 reais. Diante desse acinte e desrespeito, não restou outra alternativa aos profissionais do magistério estadual gaúcho se não a deflagração de greve por tempo indeterminado.
O desrespeito do atual governo gaúcho com a educação pública e seus profissionais é, em última instância, um desrespeito à população mais pobre do Estado que, via de regra, precisam da prestação desse serviço público. Não resta dúvida que essa prática recorrente do governo estadual em parcelar a remuneração dos professores/as estaduais é uma provocação à categoria e faz parte do projeto político desse grupo que hoje governa o Estado: destruir a educação pública e fomentar o crescimento do setor privado da educação.
A resposta dos educadores/as foi certeira e merece total apoio: greve geral por tempo indeterminado e início da Caravana da Educação que, junto a seus 42 núcleos, o CPERS realizará em todo o Estado para sensibilizar os educadores para aderir ao movimento e explicar os motivos da greve a toda a sociedade. Amanhã, dia 12 de setembro, o Comando de Greve está convocando um grande Ato Público, em frente ao Palácio do Piratini, para demonstrar a força do movimento e consolidar a resistência dos educadores/as gaúchos diante do desrespeito e arbitrariedade desse governo.
Os educadores/as de todo o Brasil são solidários aos profissionais do magistério do Estado do Reio Grande do Sul e apoiam a greve geral contra o desrespeito e por uma educação pública de boa qualidade!
Brasília, 11 de setembro de 2017