Moção de repúdio à ação truculenta da PM de Minas contra professores da educação infantil de Belo Horizonte

A diretoria colegiada do Sindicato dos Professores no DF repudia veementemente a ação truculenta da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, ocorrida na manhã da segunda-feira (23/4), contra professores(as) da educação infantil de Belo Horizonte.
Os(as) professores(as) do munícipio da capital mineira realizavam uma manifestação legítima e pacífica – reivindicando do atual prefeito, Alexandre Kalil, a equiparação da carreira e consequente isonomia salarial com professores do Ensino Fundamental – quando se depararam com um verdadeiro horror protagonizado pelo Batalhão de Choque da PM de Minas Gerais. Na Avenida Afonso Pena, onde fica a sede do poder municipal, foram atacados pelo forte aparato policial, desproporcional e desmedido sob qualquer parâmetro de avaliação para uma sociedade democrática.
Em atitude covarde, foram utilizadas bombas de efeito moral, balas de borracha, spray de pimenta, gás lacrimogênio contra os(as) educadores(as). Até o uso do famoso “caveirão” transformou a manifestação em um ato de barbárie feito por uma instituição do Estado que devia justamente proteger o cidadão. O terror na manhã do dia 23 de abril de 2018 também levou presos diretores do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte – Sind-REDE/BH, revelando uma barbaridade só vista em regimes autoritários.
Frente a isso, é imperioso que o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, faça jus ao seu papel institucional de chefe da Polícia Militar estadual e apure, com rigor, o ocorrido. É fundamental que a comissão de sindicância instaurada pelo Governo jogue luz sobre os responsáveis por tamanha violência e os puna de forma contundente para que isso sirva de exemplo e nunca mais volte a ocorrer. Não interessa à sociedade mineira – nem a nenhuma outra – uma Polícia Militar que seja inimiga de seu povo! E não interessa também aos mineiros um governo estadual que seja capturado por uma corporação que agride a sua população!
Os dirigentes do Sinpro-DF, solidários aos(às) professores(as) brutalmente agredidos(as), tomam para si as palavras do Sind-REDE/BH: lutar não é crime!