Mídia repercute 'PL da Mordaça' , que censura professores e alunos

Na edição desta terça-feira (23) do jornal “Correio Braziliense”, foi publicada uma matéria chamada “Partido, só do lado de fora”, a respeito do ‘PL da Mordaça’, projeto de lei n° 1/2015, da deputada distrital Sandra Faraj (SD).
A reportagem entrevistou defensores do projeto (como a própria deputada e coordenador do movimento ‘Escola sem Partido’) e também quem vê este projeto como algo absolutamente inaceitável. No entendimento do Sindicato, o PL impede os(as) professores(as) de ensinar e os(as) alunos(as) de aprender, onde o(a) profissional apenas emite o conteúdo, como se fosse um robô, sem provocar o diálogo e a reflexão dos estudantes, precarizando o ensino e censurando esta interação dentro da sala de aula.
No texto, o especialista em políticas educacionais e professor da Universidade de Brasília (UnB), Carlos Augusto de Medeiros, classifica a proposta como “absurda”. De acordo com ele, “o projeto supõe que não há profissionalismo, que falta ética aos professores. Sinto-me ofendido porque minha profissão caminha exatamente no sentido contrário: sou educador porque sou formador de cidadãos críticos, reflexivos e autônomos”, afirma. Ele prossegue: “não cumpro meu papel se meu estudante não for capaz de, com recursos próprios, tomar suas próprias decisões sem interferências de quem quer que seja”, acrescentou.
Rosilene Corrêa, diretora do Sinpro, endossa o pensamento do professor. “Esse projeto rotula os professores como militantes de esquerda em sala de aula, o que é absurdo. Há profissionais que militam, outros sem partido, há professores de direita e de esquerda. Isso não pode ser interpretado como um risco de influência em sala”. Na entrevista, a diretora afirma que o Sinpro “defende a escola plural, que incentive alunos a discutir os fatos da história e da atualidade, e, para isso, o debate não pode ser cerceado”.
Em protesto contra este projeto repressor, o Sinpro convoca todos(as) os(as) profissionais da Educação a trabalharem vestidos de branco nesta quarta-feira (24). Pela liberdade de ensinar dos(as) professores(as), pelo direito de aprender dos estudantes, a liberdade de expressão deve prevalecer!
(Com informações do jornal Correio Braziliense)