Lançada frente parlamentar pelo fim da violência contra as mulheres

A Câmara lançou quarta-feira (24), véspera do Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, a Frente Parlamentar pelo Fim da Violência contra as Mulheres. A coordenadora da bancada feminina, deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP), avalia que é inadmissível, em pleno século 21, a ocorrência de tantos casos de violência contra a mulher. Segundo a deputada, o papel da frente, com o apoio da bancada feminina, é apresentar e aprovar propostas que combatam a violência e trabalhar junto com o Executivo na solução do problema.
A secretária da Mulher Trabalhadora da CUT Nacional, Rosane da Silva, que esteve presente ao lançamento, avalia que “essa frente será fundamental para a construção e ampliação de políticas públicas para o fim da violência contra as mulheres. A CUT destaca a violência que as mulheres sofrem também no trabalho, recebendo salários menores, sendo vítimas de assédio moral e sexual, sem falar da tripla jornada a que muitas são submetidas. Queremos construir uma sociedade com igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, na vida, no trabalho e no movimento sindical”.
Para a ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéia Freire, “é essencial que governos, Parlamento e a sociedade civil adotem múltiplas estratégias para enfrentar o problema”. Durante o evento, dirigentes de centrais de trabalhadores da Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai fizeram relatos da situação das mulheres nesses países.
Ao final, as entidades leram a “Carta de Brasília”, um documento que reafirma a luta feminista por justiça, em defesa da igualdade entre homens e mulheres e pelo fim da violência contra as mulheres. O documento traz um diagnóstico sobre a situação das mulheres e aponta uma série de medidas que devem ser tomadas, como o estabelecimento de um pacto regional do MERCOSUL de enfretamento à violência.
Distrito Federal – Acompanhadas pela secretária de Mulheres Trabalhadoras da CUT-DF, Maria da Graça de Sousa, as educadoras Vilmara Pereira do Carmo, Mariana Rodrigues de Sousa e Graziele Albuquerque levaram cerca de 80 alunas da rede pública de ensino – em situação de risco – para acompanhar os debates. Atenta aos relatos, a esperta estudante Osama de Andrade Vieira, de 12 anos, disse que “vim para saber mais sobre o combate à violência contra as mulheres e ajudar no que puder”.
Com informações do site da CNTE