Goiás sinaliza modelo de terceirização na Secretaria de Educação do Estado

Um projeto em fase de finalização pela Secretaria de Educação de Goiás liga o sinal de alerta para a precarização da educação pública. A pasta finaliza dois modelos de terceirização para escolas públicas do Estado: um para entregar parte da gestão de unidades escolares a uma organização social e outro para terceirizar serviços escolares não pedagógicos por meio de parceria público-privada. Os dois modelos devem entrar em funcionamento como projetos-pilotos em 2016.

O modelo a ser implantado em Goiás é fruto do Projeto de Lei da Câmara nº 30/2015, que precariza o trabalho e rouba direitos históricos da classe trabalhadora. A intenção do PLC é totalmente a favor dos interesses dos empresários e traz o caos para a classe trabalhadora. Segundo documentos elaborados pela CUT, os efeitos da terceirização será trágico para o trabalhador. De acordo com esse documento são 34,7 milhões de trabalhadores contratados diretamente e que podem perder seus direitos. Além disso, a taxa de rotatividade entre os terceirizados é o dobro da dos contratados diretos, ou seja, duas vezes mais demissões.

O Sinpro é completamente contrário a este modelo de gestão por achar que a terceirização indiscriminada vai afetar em cheio a qualidade da educação pública. Os professores e professoras precisam estar mobilizados, já que hoje, nas escolas, a maioria dos trabalhadores das atividades-meio já é terceirizada. O modelo de educação sinalizado pela Secretaria de Educação de Goiás abre espaço para a não contratação de professores concursados nas escolas.