GDF trata greve com descaso e diz não ter contraproposta

O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), não apresentou nenhuma proposta para o magistério público durante uma rodada de negociação, realizada nesta sexta-feira (24). A reunião foi realizada com a comissão de negociação do Sinpro-DF e representantes do governador da Casa Civil e da Secretaria de Estado da Educação (SEEDF). No entendimento das lideranças sindicais que participaram da reunião, o governo trata a greve e o pleito da categoria com descaso.
Os representantes do governador avisaram que o Governo do Distrito Federal (GDF), no momento, não tem nenhuma contraproposta a negociar com os/as professores/as e asseguraram que irão levar a pauta de reivindicações para a governança, na segunda-feira (27), e, em breve, dará um retorno à categoria.
Uma nova reunião foi agendada, ainda sem data definida. A expectativa da comissão de negociação é a de que na próxima Mesa de Negociação o GDF tenha uma contraproposta para iniciar um processo de diálogo com a categoria.
Essa Mesa de Negociação, articulada por vários deputados distritais, contou com a presença do deputado Reginaldo Veras (PDT) e discutiu também itens da pauta nacional da greve geral do magistério público, como as reformas antissociais e anti-trabalhista em curso na Câmara dos Deputados e Senado Federal.
Além da reforma da Previdência, a reunião discutiu o problema e os grandes prejuízos que a aprovação do PL 4203\98 – que terceiriza totalmente os serviços públicos – irão trazer para o país e para o DF. Os representantes do GDF, contudo, deixaram sinais de que o GDF não tem interesse de terceirizar em massa alguns setores do serviço público do DF, como, por exemplo, a Educação. O secretário da Educação, Júlio Gregório, afirmou que não há essa intenção.
“Contudo, é importante a categoria estar atenta porque temos, em curso no DF, um processo de terceirização bem significativo. O Itaú Social, por exemplo, já atua na Eape. E o governo Rollemberg tem o projeto das Organizações Sociais (OS), que só não foi implantado ainda porque encontrou resistência da comunidade escolar e é outra forma de terceirizar a educação pública e precarizar o trabalho docente”, observa o diretor de Políticas Sociais do Sinpro-DF, Gabriel Magno.
Na avaliação da comissão de negociação, o resultado desta reunião mostra a importância de a categoria paralisar totalmente as atividades pedagógicas e participar intensamente desta greve para assegurar os ganhos trabalhistas já materializados em leis e no contracheque; impedir a terceirização do magistério público do DF e o fim da educação pública como um direito social a ser ofertado pelo Estado.
Entende também que somente a unidade, a participação intensa nas atividades da greve irão barrar as reformas do governo federal, sobretudo a da Previdência, que acaba com o direito de aposentadoria de toda a classe trabalhadora, e afeta frontal e intensamente os/as trabalhadores/as rurais e os/as professores/as.
Professores/as, participem das Assembleias Regionais, no dia 27/3, às 9h. Fortaleça seu movimento e seu sindicato!
Confira a seguir os locais e horários das assembleias:

DATA HORARIO REGIONAL LOCAL
27 9h PARANOA CEF 01
27 9h GAMA CEM 02
27 9h RECANTO CEF 301
27 9h N.B./CAND/R.F.I e II CEM NB 01
27 9h SÂO SEBASTIÃO CAIC UNESCO
27 9h PLANALTINA CENTRAO – CED 01
27 9h SOBRADINHO CEF 05
27 9h PLANO/CRUZEIRO Sede do Sinpro
27 9h SANTA MARIA CE  ESPECIAL 01
27 9h GUARA CEF 04
27 9h BRAZLÂNDIA CEM 01
27 9h SAMAMBAIA CEM 304
27 9h CEILANDIA CEM 02
27 9h TAGUATINGA CEMAB