GDF recua e Escolas Classe de Ceilândia não serão fechadas. Vitória da luta!

Após intensa mobilização da comunidade escolar, que culminou com um protesto na manhã desta quarta-feira (28) em frente da Coordenação Regional de Ensino de Ceilândia (CREC), o GDF recuou e decidiu não fechar oito Escolas Classe da cidade. Vitória da luta!
O intuito do Governo de Brasília de em uma canetada, sem prévia discussão com a comunidade, mudar oito Escolas Classe em oito Centros de Educação Infantil causou revolta e apreensão em pais, mães, professores(as) e orientadores(as) e toda a comunidade escolar.
“A mudança causaria prejuízos para os estudantes, que teriam que se deslocar para locais distantes de suas residências, pois as atuais Escolas Classe seriam fechadas. A não continuidade dos estudos na mesma escola é ruim pro(a) aluno(a), que perde seu sentimento de pertencimento do local. Traria transtorno para os pais, que alterariam seus horários para levar os(as) filhos para a escola”, aponta Júlio Barros, diretor do Sinpro.
Com a ameaça do Governo, o movimento começou utilizando um dos instrumentos da Lei de Gestão Democrática, que foi a realização de assembleias gerais em todas as oito unidades escolares envolvidas. Desta forma, foi votado por unanimidade um voto contrário a essas mudanças que o Governo de Brasília queria. Foram realizados também abaixo-assinados com a comunidade. O grupo foi até a Comissão de Educação, Saúde e Cultura da CLDF fazer a denúncia. Da mesma forma, foi realizada uma Audiência Pública, com representantes do Sinpro, CLDF, GDF e da Regional de Ensino.
Na véspera da manifestação, o coordenador do CREC enviou uma circular aos gestores das escolas envolvidas, recuando de sua posição inicial. Mesmo assim, todos(as) os(as) envolvidos(as) no ato público decidiram mantê-lo para chamar a atenção da sociedade de como o governador Rollemberg está lidando com a educação no DF.
Após o protesto, uma comissão composta por dois representantes de cada escola (um pai ou mãe e um/a professor/a) foi recebida pelo Coordenador da Regional de Ensino e reafirmada a posição de cancelamento da proposta inicial e o compromisso que para eventuais mudanças em 2018, ocorrerá antes um amplo debate com toda a comunidade escolar e sua representação sindical.
“Foi um movimento vitorioso, porque desde o primeiro momento, a categoria não aceitou essa imposição do GDF. Houve uma construção de debates dentro das escolas. A partir da orientação do Sinpro, as escolas começaram a se mobilizar. Teve assembleia em cada uma delas, com a nossa participação do Sinpro, além de pais e mães e da direção da escola, que discutimos o que aconteceria e a partir daí criamos uma rede. Foi um ato bonito e vitorioso. O Governo afirmou que vai fazer um debate em 2018, pois em 2017 nada vai mudar. Isso evidenciou a Gestão Democrática e de toda a sua importância”, aponta Eliceuda França, diretora do Sinpro.
Vitória da luta!