GDF não apresenta proposta e empurra servidores para a greve

Ao contrário de apresentar propostas concretas para a questão do reajuste salarial dos servidores, o GDF trouxe apelos aos dirigentes sindicais para que contenham as suas bases e evitem uma greve geral do funcionalismo.
O fato aconteceu em reunião na manhã desta quarta-feira (7), no Palácio do Buriti, com a presença de diversos secretários de Estado e representantes das 32 categorias do serviço público do DF. O governador Rollemberg não compareceu.
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A resposta dos sindicalistas foi imediata. Sem proposta não há conversa.
Para o coordenador do Fórum em Defesa do Serviço Público e dirigente da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues, é um absurdo, na véspera da assembleia de várias categorias apontando para a greve, o GDF não apresentar nenhuma proposta que possa ser negociada com os sindicatos. “O arrocho está estabelecido e o calote está dado. Nós não aceitaremos que se retirem direitos dos servidores e não aceitaremos justificativas como forma de não pagar o que é devido ao funcionalismo público”, enfatizou.
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“Com certeza, o governo consagrou hoje a postura que tem adotado desde 1º de janeiro, ou seja, de desrespeito aos servidores públicos do Distrito Federal. Ao chamar dirigentes sindicais para fazer apelos, o GDF foi desrespeitoso. Queremos propostas, soluções. Não cabe a nós cumprir o papel do governo. Amanhã [quinta-feira, 8], a categoria vai avaliar e decidir em assembleia sobre a entrada ou não em greve por tempo indeterminado”, destacou a diretora do Sinpro-DF Rosilene Corrêa.
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Ainda na terça-feira (6), a dirigente concedeu entrevista ao programa TV Sinpro na TV Comunitária, abordando o calote sobre o reajuste salarial que o GDF deu nos professores. Clique aqui e confira.
A primeira categoria a paralisar as atividades, já a partir de hoje, é a dos técnicos e auxiliares em enfermagem. Os médicos param na quinta-feira.
Também amanhã, além dos professores, outras categorias realizarão assembleia para definir os rumos do movimento.