GDF na contramão da valorização do aposentado

Há cinco meses professoras e professores aposentados da rede pública de ensino do Distrito Federal aguardam uma posição do Governo a respeito de quando voltarão a receber seus contracheques. Durante todo esse tempo o Sinpro vem insistentemente cobrando essa resposta da Secretaria de Educação que se limita a dizer que “o contrato com os Correios foi encerrado” e mais nada.
É incrível esse descaso, esse desrespeito, principalmente em uma época onde, nos países desenvolvidos, os governos investem cada vez mais em políticas de valorização do idoso. Seria de esperar que na capital de nosso país as autoridades se preocupassem em facilitar a vida daqueles que durante anos deram seu suor para melhorar a educação de seu povo.
Por certo as/os aposentadas/os poderiam acessar essas informações via Internet. Isso é claro, se considerarmos que todos moram em local de fácil acesso à rede, dispõem de computadores e sabem como operá-los. É essa a realidade? Quem dentre nós não conhece pelo menos um colega que se mudou para o interior?
O que dizer sobre ter ou não computadores com os salários que ganhamos? Por acaso nossos governantes se lembram de que ao facilitar a aquisição de laptops para professoras e professores da rede pública de ensino só o fizeram para os que estavam na ativa?
E quanto ao uso do computador? Boa parte das professoras e professores se aposentou em uma época em que nem se falava nesses equipamentos. O Sinpro, ciente dessa necessidade, vem fazendo sua parte e montou um curso de informática para atender essa parcela da categoria. E o governo? Será que quem não fez nada nem facilitou nada tem o direito de exigir conhecimento, acesso?
O fato é que qualquer trabalhador, seja ele ativo ou aposentado, tem o direito de saber o que está sendo depositado e o que foi descontado de seu pagamento. Precisa ter em mãos o comprovante de seus rendimentos, seja para efetuar uma compra ou até mesmo quando quer pleitear um direito na Justiça. Ao dificultar o acesso dos aposentados a seus respectivos contracheques, o governo está ferindo o direito do trabalhador. Até quando?