GDF mostra face autoritária e derruba outdoors

Com a aproximação da Assembléia Geral, dia 7 de abril, que pode definir pela greve, a categoria é vítima de mais uma atitude covarde e arbitrária. A maioria das grandes placas, os chamados outdoors, cobrando o cumprimento do acordo e da Lei que garante o reajuste de 19, 98%, foi derrubada ou coberta com faixas brancas, num total desrespeito a liberdade de expressão.

Os outdoors são utilizados pelo Sinpro para divulgar campanhas institucionais e salariais da categoria. Tornam-se uma alternativa mais viável e econômica, promovendo a comunicação direta com os professores e a comunidade. Uma alternativa também a grande imprensa, ligada ao poder, que tem cerceado nossas opiniões ou, simplesmente, não tem dado o devido espaço às posições defendidas pelo Sinpro e os professores e professoras.

Coincidentemente as placas boicotadas traziam mensagem que falava diretamente com o governador. O texto do outdoor dizia: “Governador Arruda, cumpra a Lei e evite a greve”. Elas foram afixadas na última terça-feira, 31, e no dia seguinte ou foram ao chão ou tiveram o texto censurado por papéis brancos que encobriam a divulgação da propaganda do Sinpro.

Uma das placas derrubadas estava afixada exatamente ao lado do Buritinga, em Taguatinga Norte, perto do gabinete do governador Arruda. Nesta sexta-feira (03), fiscais do GDF foram vistos derrubando um outdoor próximo ao Recanto das Emas. Uma prova de que o GDF está desesperado e tenta de todas as formas impedir que a verdade venha a público.

A diretoria do Sinpro, em nome da categoria, lamenta e repudia veemente essa ação que cerceia o direito de expressão. Essa atitude remete ao período da ditadura militar, que acabou com os partidos políticos, fechou sindicatos e impediu que os cidadãos se manifestassem livremente. Nunca se viu uma blindagem da grande imprensa com tanta submissão a um governo do DF, como acontece hoje com o governo Arruda.

Não basta o cerceamento na imprensa, agora também as grandes placas são alvos do autoritarismo do GDF. O Sinpro informa que está tomando as providências cabíveis para reverter essa situação e garantir o direito de nos comunicar com a categoria e a população.