Em negociação, GDF diz que pagamento sairá na noite desta segunda (8)

O Governo do Distrito Federal (GDF) confirmou, na manhã desta segunda-feira (8), durante paralisação e ato público da categoria docente em frente ao Palácio do Buriti, que o crédito de pagamento será efetuado hoje à noite. “O governo afirmou aquilo que ele já havia falado na sexta-feira (5) de que haverá o crédito de pagamento nesta noite (8/12)”, informa a diretora do Sinpro-DF, Rosilene Correa, que participou da reunião com o secretário de Administração.

Em estado de alerta, a categoria está mobilizada, esperando o cumprimento dos acordos relativos à todas as pendências em curso. Rosilene avisa que o objetivo central da reunião com a Secretaria de Administração hoje foi a cobrança do crédito do salário dos(as) servidores(as) da educação. O encaminhamento aprovado após a comissão de negociação ter sido recebida foi o de que a paralisação continua nos três turnos de hoje (8). Também foi definido que amanhã (terça-feira, 9), os profissionais do magistério e da carreira de assistência à educação deverão consultar, bem cedo, suas contas e verificar se o crédito do pagamento foi efetuado. Caso não tenha sido feito, a categoria deverá paralisar imediatamente as atividades e seguir para novo ato em frente ao Palácio do Buriti, às 10h.

A comissão de negociação do Sinpro aproveitou a oportunidade para reforçar o acordo que estabeleceu o compromisso de que até o dia 12/12 será creditado o acerto financeiro das aposentadorias e cobraram uma segurança com relação ao pagamento do 13º dos aniversariantes de dezembro e as diferenças dos 13º dos que fizeram aniversário antes dos reajustes da categoria. Na negociação de hoje, além dos(as) profissionais da carreira de magistério, participaram os(as) da carreira assistência à educação.

Durante a negociação, o governo afirmou que não deixará prejuízo para nenhum servidor e tudo que for devido será pago. O professor Saulo Lino, do CEF, da Estrutural, e no CED 2, do Cruzeiro, diz que “essa é uma situação complicada que deixa a família dos professores, como no meu caso em que eu e minha esposa somos professores, com dificuldades porque o que sustenta a minha casa é o trabalho da Secretaria da Educação, e, por isso, estamos com um déficit ”, diz.

A professora Débora Felipo, da EAPE, diz que o ato de hoje foi realizado porque o governo não pagou a categoria no dia em que deveriam pagar, mas também por causa do desrespeito. “Foi pago para quase todas as categorias, no entanto, continua o desrespeito com o(a) profissional da educação. Não só o(a) professor(a), mas todos(as) os profissionais da educação. Por que isso? Por que só com a gente? É falta de respeito. E a gente precisa lutar não só neste governo, mas nos outros governos por uma questão de respeito. Somos uma categoria que temos salário inferior dentre as categorias que têm ensino superior. Este ato não é somente porque estamos sem pagamento não. É também para mostrar que a educação merece respeito”.