Exposição reúne acontecimentos artísticos da capital

O Espaço Cultural Marcantonio Vilaça abre às 19h desta quinta-feira (06), no Edifício Sede do Tribunal de Contas da União (SAF Sul, Quadra 4, Lote 1), a exposição Arquivo Brasília: Cidade Imaginário. Sob a curadoria de Renata Azambuja, a proposta da exposição é reunir em um só espaço intervenções, obras e acontecimentos artísticos que marcaram a trajetória da capital, assim como prestigiar novos representantes da arte contemporânea que ousam ver a cidade e seus habitantes sob um ponto de vista inusitado. As visitações acontecem de 7 de maio a 3 de julho de segunda a sexta-feira (das 10h às 19h) e aos sábados (das 14h às 18h).
O projeto de Arquivo Brasília: Cidade Imaginário é composto de duas vertentes: obras e memória. No mesmo ambiente em que estarão expostos diversos trabalhos como instalações, gravuras, cartazes e registros de performances e intervenções, também poderão ser conferidos recortes de jornais, entrevistas, fotos e outros registros da produção artística da capital. O visitante da exposição será convidado a conhecer a obra de artistas que ora expressaram suas visões sobre acontecimentos políticos e sociais que movem a cidade como os movimentos estudantis e a questão indígena, ora tecendo comentários sobre o próprio circuito de arte, ora intervindo criticamente na paisagem urbana. São 40 artistas com obras e registros que representam a ocupação do espaço público como uma forma de questionamento aos limites do “cubo branco” ou do espaço de arte institucionalizado e um desejo de aproximação da linguagem da arte a um público que de outra forma não teria acesso a ela.
A exposição também procura não somente instigar uma reflexão sobre a celebração do cinquentenário de Brasília, como também propõe um novo olhar sobre locais bem conhecidos pelo brasiliense, como a Praça dos três Poderes, a Vila Planalto, a Universidade de Brasília e até mesmo os pontos de ônibus, superquadras e tesourinhas, por meio da apropriação desses espaços. “Pode-se dizer que dois fatores contribuem para a ocupação dos espaços de Brasília pelos artistas: o desejo de ocupar espaços em razão do próprio plano urbanístico do Plano Piloto e uma forma de resposta a um circuito artístico acanhado. Ora os artistas se apropriam desse espaço poeticamente, ora de uma forma transgressora”, esclarece a curadora e historiadora da arte Renata Azambuja. Maiores informações pelos telefones 3316-5221 e 3316-5036.