Estudantes e trabalhadores continuam nesta terça (25) ação contra PEC 241

O ato contra a PEC 241 realizado nessa segunda-feira (24) reuniu estudantes, servidores e trabalhadores de diversas categorias em frente ao Museu Nacional de Brasília para gritar não à proposta do golpista Michel Temer, que congela os investimentos na educação e saúde por 20 anos. Os manifestantes realizarão novo ato nesta terça-feira (25), às 14h, em frente ao anexo II da Câmara dos Deputados, dia da votação em segundo turno da Proposta de Emenda àwhatsapp-image-2016-10-25-at-11-26-33Constituição. O objetivo é continuar a luta e intensificar a pressão sobre os parlamentares para que barrem a PEC do desmonte do Estado.
Na ação dessa segunda, os mais de 3 mil manifestantes marcharam do Museu Nacional até o Congresso. Os servidores técnico-administrativos da UnB, que estão em greve, reforçaram que as propostas de Temer golpista para a educação, entre elas a medida provisória que determina a reforma do Ensino Médio, é uma forma de sucatear o ensino público. De acordo com eles, a resposta é a ocupação das escolas, universidades e institutos, que já somam mais de mil unidades em todo o Brasil.
“É momento de intensificar nas ruas as diversas ações que digam ‘Fora Temer’ e ‘Não à PEC do desmonte’”, disse o coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação da Universidade de Brasília (Sintfub), Mauro Mendes.
“Lutaremos até o fim contra todas essas reformas do governo que desrespeitam o trabalhador. Viemos aqui pra dizer que não vamos pagar esse preço”, completou a deputada federal Erika Kokay (PT-DF).
No DF, estão ocupados o CEM 304, em Samambaia Sul; CED sede 01 (Centrão), em Planaltina; o Gisno, na Asa Norte; os Institutos Federais de Brasília de Samambaia, Planaltina, Riacho Fundo, Estrutural, São Sebastião e os campi de Valparaíso e Águas Lindas, no entorno.
Homenagem
Durante o ato dessa segunda, os estudantes homenagearam o jovem Lucas Eduardo Araújo Mota, 16 anos, morto na ocupação da Escola Estadual Santa Felicidade, em Curitiba (PR).
A tragédia foi utilizada pelo governo reacionário de Beto Richa (PSDB), articulistas e militares da direita para fortalecer o discurso de ódio contra as cerca de 850 ocupações realizadas nas escolas do Paraná. Apoiados na morte do jovem, esses setores deram força às manifestações pela reintegração de posse das escolas, discursos que se proliferaram também nas redes sociais.