Escolas do DF participam dos Jogos Escolares Paralímpicos

Escolas da rede pública de ensino do Distrito Federal participam este mês dos Jogos Escolares Paralímpicos do DF. Os alunos campeões competirão nos jogos nacionais, em São Paulo, em novembro.
Ao todo, são cinco modalidades: atletismo, natação, tênis de mesa, bocha e tênis com cadeira de rodas, cada uma com várias classificações, a depender do grau de deficiência do aluno. Competem cerca de 300 estudantes, com idades entre 12 e 17 anos, tanto da rede pública quanto da particular. As deficiências atendidas são as mesmas previstas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
A Secretaria de Educação do DF (SEDF) fornece uniformes, transporte, alimentação, arbitragem e estrutura para a competição, que é realizada nas escolas.  Os jogos acontecem todos os anos. Qualquer estabelecimento de ensino ou professor que tenham alunos com deficiência podem inscrever os estudantes.
Para o chefe do Núcleo de Educação Inclusiva da (SEDF), Rafael Herdeiro, a competição dá aos alunos com deficiência a oportunidade de socializar e de se compreender. “Os jogos ajudam na integração e na autovalorização. Não interessa se ganham ou perdem”, disse.
Nesta sexta-feira, ocorreu a competição de tênis de mesa. Uma das alunas que se destacaram, Ingrid Cristina, de 17 anos, representará o DF na etapa nacional. Ingrid, que estuda no Centro de Ensino Fundamental 18, de Ceilândia, foi campeã de sua categoria no ano passado, sem perder nenhum set. “Neste ano espero trazer outro prêmio para o DF”, afirmou. Por ter sido campeã, ela recebe a Bolsa Atleta para poder treinar três vezes por semana sem abandonar os estudos.
AVALIAÇÃO – O treinamento dos alunos com deficiência é feito por professores da rede pública. O técnico José Maria de Sousa, responsável pela preparação de tênis de mesa no CEF 11, de Taguatinga, explicou que, antes de competir, o aluno passa por uma avaliação, para classificá-lo de acordo com sua deficiência e para orientar o professor em seu trabalho.
Ele também afirmou que o esporte traz benefícios ao desenvolvimento intelectual, além da parte motora. “O aluno desenvolve potencialidades que nem sabia que existiam. E a disciplina do treino faz com que ele melhore nos estudos”, disse.
(Da Agência Brasília)