Em resposta à repressão policial, professores argentinos fazem greve

“Decidimos realizar uma paralisação nacional de 24 horas contra a repressão. Esta medida foi tomada porque não vamos permitir que se reprima os trabalhadores e as trabalhadoras. Não se toca em um professor, em um trabalhador, não se reprime um protesto social. Não vamos aceitar a repressão em silêncio”, anunciou Sonia Alesso, representante da Ctera.
Os sindicatos convocaram a paralisação durante uma reunião na segunda-feira (10), logo após a repressão com gás de pimenta e cassetetes cometida pela polícia da cidade de Buenos Aires e pela Polícia Federal.
A dirigente sindical apontou ainda que, na quarta-feira (12), os docentes iriam realizar atividades nas escolas para debater o conflito com os pais e estudantes.
A convocatória sobre uma nova paralisação docente ocorre em meio a um conflito sindical que mantinha parcialmente paralisado o início das aulas na província de Buenos Aires e que havia implicado em sete paralisações nacionais.
Professores de várias zonas do país – principalmente da província de Buenos Aires, que concentra mais de um terço da população argentina – reivindicam, por meio de marchas e paralisações, um reajuste salarial de 30%, equivalente à inflação prevista para este ano. Além disso, exigem que a negociação salarial seja feito em âmbito nacional e não estadual, como pretende o presidente Maurício Macri.
(do Portal Vermelho)