Em defesa do patrimônio do povo brasileiro e das aposentadorias

A ganância neoliberal e visão entreguista que norteiam a atual conjuntura política e econômica do Brasil, mais uma vez, sinalizaram o caminho privatista e de destruição do patrimônio do povo brasileiro.
No 8° Fórum Liberdade e Democracia, evento realizado na noite dessa segunda (25), na cidade de Belo Horizonte, Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, defendeu a privatização do Banco do Brasil ao dizer: “o Banco do Brasil está pronto para ser privatizado, mas não pode ser comprado nem pelo Itaú nem pelo Bradesco para não gerar problema quando a transação passar pelo Cade.” Franco também defendeu no evento a abertura do capital da Caixa Econômica Federal para a iniciativa privada e a privatização do setor elétrico, Correios, entre outros, com o objetivo de “fazer caixa” e “tirar o maior proveito”.
Pedro Malan, ex-ministro da Fazenda de Fernando Henrique Cardoso, no mesmo evento, além de reforça as propostas de Franco, defendeu a nefasta e temerosa reforma da Previdência, que deverá ser votada na segunda quinzena de outubro na Câmara Federal, com muita veemência ao afirmar que ela é “inevitável, imprescindível e inexorável.”
As manifestações dos paladinos do capitalismo somente mostram a estratégia voraz dos banqueiros e rentistas – que possuem a maioria das riquezas do Brasil e representam menos de 3% da população – de acabar com o patrimônio do povo brasileiro e reduzir nossa soberania nacional em favor do aumento de seus rendimentos e lucros. Assim, enquanto eles aumentam a sua capacidade de comprar champanhe e caviar, nossa população volta aos anos de fome, desemprego e miséria.
Para defender as empresas públicas, a soberania nacional e nossas aposentadorias, precisamos dialogar com nossos colegas de trabalho, amigos, familiares e todas as pessoas que tivermos oportunidade, sobre a importância de termos um Estado forte, soberano, que sirva ao povo e respeite a vontade do povo, sendo governado por um presidente eleito de forma legítima e não por um golpista e oportunista. E, desta forma, mobilizar nossa população para a próxima Greve Geral ou Ocupa Brasília, que ocorrerá na semana da votação da reforma da Previdência.
*Rodrigo Britto é bancário do Banco do Brasil, ex-presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília e presidente da Central Única dos Trabalhadores de Brasília – CUT Brasília