Editorial – Ensino básico: sua qualidade pode melhorar

“Investir no aluno certamente trará dias melhores para o Brasil”, afirma jornal

As pesquisas relacionadas ao Ensino básico no mundo (IDH) ressalta o Brasil em posição ínfima em relação à maioria dos países a nível mundial, inferior até mesmo ao Peru, ao Panamá, à Costa Rica, à Venezuela…
Segundo programação do governo, prevê-se a melhoria nesse ranking após a captação de recursos provenientes do Pré-Sal, cujo percentual a ser aplicado na Educação se prevê algo em torno de 75%. Dinheiro simplesmente não é a solução, pois ele, muitas vezes, desaparece, por falta de maior controle. É um problema sistêmico.
Tratemos do assunto em epígrafe, pertinente ao Ensino básico mantido pelo governo. Para efeito de maior segurança e controle, seria prudente que o encaminhamento dos recursos do citado projeto fosse feito diretamente do Poder Executivo, controlador dos lucros do Pré-Sal, aos grupos formados por instituições de Ensino básico — o que lhe couber por região, em função da maior ou menor densidade demográfica. É bem diferente o conjunto de Escolas na Amazônia, se comparado com a aglomeração, por km2, de educandários no centro-sul do Brasil. Exemplificando: cinco, seis Escolas, agrupadas em São Paulo, é diferente sua área em km2 de seis Escolas no Estado do Amazonas.
A fiscalização da distribuição e aplicação das verbas seria, posteriormente, dada a conhecer ao governo federal por uma comissão formada por diretores dos educandários, coadjuvada por um grupo de Professores e representantes das famílias dos Alunos, todos bem qualificados e em número restrito, formando um condomínio de Escolas sob a presidência de um dos diretores dessas Escolas.
O planejamento da aplicação dos recursos compreenderia construção e reformas prediais (se necessárias), mobiliários adequados, laboratórios diversificados, auditório, quadra esportiva, colocando-se à disposição dos Alunos, o mais possível, modernas tecnologias.
A Educação básica não pode ficar só restrita aos resultados obtidos no Enem. A formação do jovem é integral, distribuída em conteúdos e habilidades, inclusive atividades físicas e de lazer. O jovem necessita viver a vida em sua plenitude, no caminho do bem, procurando sentir a felicidade que está dentro de si próprio. A juventude vai e não volta mais…
Alcançar os objetivos requer também cuidados com a nutrição do Aluno. O cérebro só funciona bem quando lhe são proporcionados proteínas, vitaminas e outros elementos vitamínicos facilitadores do desenvolvimento dos neurônios cerebrais.
E o Professor? Além de conceitualmente bem qualificado, deve receber justos salários. Nenhuma organização empresarial, educacional ou de quaisquer outros serviços deverá relegar a segundo plano as fiscalizações constantes, a fim de se apurar exaustivamente os resultados, sendo atribuição do MEC e das secretarias de Educação estaduais organizar suas equipes, semelhantemente aos programas da competência ENAD (que cuida das avaliações do Ensino superior).
É bem verdade que que se prevê para o projeto em apreço um custo elevado, mas que, fatalmente, há de gerar benefícios de alta valia à sociedade.
Quem quer faz, quem não quer posterga decisões, empurra com a barriga e nada realiza. Investir no Aluno certamente trará dias melhores para o Brasil.
O papel aceita tudo aquilo que nele se escreve; agora, as ideias, essas são discutíveis. O êxito inicialmente será alcançado no papel e consolidado por meio das ideias.
Fonte: Diário de Pernambuco (PE)