É um absurdo governo mineiro não pagar piso de professores, diz Freitas

Presidente da CUT visitou o acampamento dos/as trabalhadores/as da Educação de Minas que estão lutando pelo Piso Nacional Profissional

O presidente Nacional da CUT, Vagner de Freitas, visitou nesta quarta-feira (30), em Belo Horizonte,  os trabalhadores e as trabalhadoras da educação que estão acampados na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). “A CUT apoia e vai reforçar a luta pelo pagamento do Piso Nacional Profissional, um direito constitucional dos docentes de todo o Brasil”, disse o dirigente, acrescentando: é um absurdo o Estado de Minas Gerais não pagar o piso nacional dos professores.
“Educação de qualidade é o principal pilar para transformar o Brasil em uma grande nação e a valorização dos educadores é o primeiro e principal passo para sermos um país, de fato, desenvolvido”, argumentou Vagner.
Os educadores mineiros estão acampados desde o dia 30 de agosto para forçar o governador Antonio Anastasia a negociar. No início, eles ocuparam o estacionamento do Palácio das Mangabeiras, residência oficial do governador. No dia 16 de outubro, mudaram o acampamento para a ALMG para acompanhar a tramitação do Projeto de Lei do Executivo, que prevê reajuste dos salários dos servidores.
A presidenta da CUT/MG, Beatriz Cerqueira, que é também coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, disse que o objetivo do acampamento é chamar a atenção da sociedade brasileira para o que está acontecendo com os/as professores/as do Estado.
“Nosso objetivo é chamar a atenção da sociedade para a realidade da categoria e divulgar nossas reivindicações. As principais questões da  Campanha Salarial Educacional 2013 são o pagamento do Piso Salarial e o descongelamento da carreira”, pontuou a dirigente.
Ainda segundo Beatriz Cerqueira, a categoria critica o reajuste de 5% para os educadores, anunciado recentemente pelo governo. “Este percentual não repõe sequer a inflação do período. Não queremos migalhas. Queremos Piso e Carreira.”
Os educadores denunciam também o não cumprimento da Constituição Federal de 88, que determina investimento de 25% dos impostos para a educação. De acordo com levantamento feito pelo Sind-UTE/MG, com base nos dados do Tribunal de Contas, nos últimos 10 anos, o governo mineiro deixou de investir R$ 8 bilhões no setor.

Escrito por: CUT Nacional/CUT-MG