É hora de mobilização total dos trabalhadores contra ladrões de direitos

Maioria no Congresso, ladrões de direitos querem aprovar o PL 4330 no final de mandato. Se conseguirem, será um dos maiores golpes da história contra direitos dos trabalhadores. O mesmo risco nós corremos no Senado, onde tramita o PLS 87, o projeto-clone do PL 4330 da precarização.
Os parlamentares representantes dos patrões e ruralistas querem perpetrar com esses projetos uma reforma trabalhista que vai flexibilizar generalizadamente o emprego, com terceirização de atividade-fim e subcontratações ilimitadas em todos os setores. É a precarização geral de salário, jornada, carreira e condições trabalho. É a eliminação de concursos públicos bem como um desastre para carreira dos servidores e para a qualidade do serviço público oferecido à população. Numa tacada só, será o maior retrocesso trabalhista e o mais grave roubo de conquistas que se tem notícia. Tudo para aumentar a exploração e os já altos lucros do empresariado na cidade e no campo.
Pior, a tal reforma atingirá profundamente a nossa capacidade de luta. Se esses projetos passarem, serão criadas novas e menores categorias sem representação sindical e pulverizados os atuais sindicatos. O objetivo é dividir e enfraquecer o poder da organização dos trabalhadores, a nossa maior arma contra patrões para barrar injustiças e conquistar avanços.
E isso é só o começo das tramas. A grande maioria dos parlamentares que pediu seu voto com mil promessas e assume mandatos no próximo ano tem tudo para trair o apoio recebido nas urnas. A composição do novo Congresso será a mais conservadora, reacionária, direitista e patronal desde a ditadura militar. Isso significa ataques vorazes aos direitos dos trabalhadores e bloqueio ferrenho à reforma política, à democratização da mídia e aos avanços legais no combate à corrupção e na defesa das políticas sociais.
Não dá para titubear. Temos de estar firmes e atentos para reagir e pressionar a todo instante. Temos de garantir tudo que já temos. Não negociamos o que já conquistamos. Lutamos e negociamos por novos avanços. Um retrocesso representará jogar no lixo conquistas obtidas em mais de cem anos de lutas, suor, choro, bravura e sangue de milhões de trabalhadores.