Ditadura nunca mais!

O Sinpro vem a público repudiar os 50 anos do golpe militar, os crimes da ditadura, exigir justiça e reparação, e resgatar a história de luta dos trabalhadores e trabalhadoras. Foram 21 anos de ditadura militar (1964 – 1985) que precisam ser lembrados para que ditaduras nunca mais aconteçam.
Trabalhadores, trabalhadoras e o movimento sindical, muitos dentre eles orofessores,  foram os principais alvos da ditadura. Centenas de entidades sindicais sofreram intervenções, inclusive o Sinpro, com sindicalistas combativos de diretorias democraticamente eleitas, presos, torturados e até mesmo assassinados.
Ataques aos direitos sindicais e trabalhistas foram aprovados pelos militares e empresários que apoiaram e se comprometeram com a ditadura, como a lei anti-greve, a lei de arrocho salarial e o fim da estabilidade no emprego.
Passados 50 anos, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) trabalha para investigar os crimes da ditadura militar. No âmbito da CNV funciona o Grupo de Trabalho (GT) Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical.
Este Grupo de trabalho tem ativa participação da CUT por meio da sua Comissão Nacional da Memória, Verdade e Justiça, que apoia os seus trabalhos. A Comissão da Memória da CUT organizou atos para ouvir depoimentos, denunciar os crimes do regime militar e está mobilizando os sindicatos para as manifestações que ocorrerão na próxima semana.
Em Brasília
Para marcar os 50 anos de resistência na passagem do cinquentenário do golpe militar, diversas entidades se reuniram nesta quinta-feira (27) com o objetivo de criar o Fórum pela Democracia no DF – 50 anos de Resistência (1964-2014).
O Fórum distrital é um braço do Fórum Nacional pela Democracia, instituído para trazer à tona a justiça, a memória e a verdade sobre o danoso e tenebroso período da ditadura militar imposto a partir de 1964.
“O golpe militar promoveu intervenções e invasões em milhares de sindicatos, centenas de lideranças sindicais foram perseguidas, cassadas, presas, muitos desses dirigentes mortos, torturados e desaparecidos. Foi um ataque feroz e violento dos militares, apoiados por setores empresariais, que tentou dizimar os movimentos sindical e popular e a organização política dos trabalhadores. É uma história que precisa ser contada e resgatada para as atuais e futuras gerações, para mostrar que as conquistas das forças populares sempre surgem de muitas lutas”, enfatizou o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto.
Atividades
31 de março – Ato “Para que não se repita”, às 10h, na OAB Nacional, em Brasília;
– 1º de abril – Ato em homenagem à resistência e à luta pela Democracia, às 17h no hall da taquigrafia na Câmara dos Deputados e às 18h no Foyer do Auditório Nereu Ramos;
– 1º de abril – Início da Mostra de filmes que abordam o período da ditadura militar no Brasil, no Cine Brasília.
Com informações da CUT Nacional e CUT Brasília