Dia da mulher começa com repressão em Formosa

No início da manhã desta quarta (8), Dia Internacional da Mulher, a repressão começou cedo em Formosa-Go. Cerca de 50 trabalhadoras rurais e crianças, organizadas para virem ao Ato Unificado das Mulheres em Brasília, foram detidas pela polícia militar.
Por mais de três horas, as companheiras e seus filhos ficaram na porta do CIOPS, presos dentro do ônibus no qual viajariam. Junto a elas, também estavam oito trabalhadores.
A prisão aconteceu quando o grupo, já vindo para o DF, parou em frente ao posto da Previdência Social e desceu para protestar. Para impedir a manifestação, policiais militares usaram de truculência física e verbal, forçando os manifestantes a voltarem para dentro do ônibus que foi conduzido ao órgão de segurança da cidade.
Nilza Gomes, secretária de Formação da CUT Brasília, presente no local, considera inaceitável a atitude da PM. “As trabalhadoras estão protestando em defesa de seus direitos, reagir com força policial contra mulheres e crianças é uma atitude absurda e covarde”, indigna-se.
No final da manhã, as mulheres foram liberadas, mas dois dos trabalhadores permaneceram presos e só serão liberados mediante pagamento de fiança.
A assessoria jurídica e diretores da CUT Brasília já estão em Formosa prestando assistência às trabalhadoras vítimas da truculência policial, da repressão à organização de classe e da criminalização do movimento sindical.
Fonte: CUT Brasília