Desesperado, GDF pode utilizar diretores para delação

A greve da categoria ainda nem começou e o Governo do Distrito Federal já está fazendo terrorismo com os professores. Essa é uma velha tática usada com o intuito de desmobilizar os educadores e educadoras que se unem em torno do movimento grevista. Nesse sentido, tentarão ameaçar os professores por meio dos diretores, incentivando a delação, e com o uso da força policial.
O Sinpro foi informado de que o Secretário de Educação, José Valente, desesperado com a decretação da greve, mandou uma carta aos diretores pedindo que fizessem uma lista com o nome dos grevistas. Essa lista deveria estar pronta antes da segunda-feira, primeiro dia de paralisação. A intenção com isso seria convocar professores temporários para cobrir as vagas e pressionar os educadores a furarem a greve.
O Sinpro repudia essa prática absurda e covarde. E esclarece que os professores, caso sejam contactados, não são obrigados a informar se vão participar do movimento grevista. É importante que cada educador e educadora tenha consciência de seu papel na luta. Os diretores não devem ser submissos às circulares que vão surgir aos montes durante o movimento. Como professores que são, precisam respeitar o direito à greve.
O descumprimento a circulares e ordens desse tipo está garantido ainda pela lei 8.102, que rege os vínculos trabalhistas com o GDF. Ou seja, sua função como gestor escolar não está ameaçada por essa espécie de coação.

Polícia para quem precisa – Outra informação que chegou até o sindicato é de que o governador Arruda pediu reforço policial durante os piquetes dos professores nas escolas. Esta é outra prática autoritária, mas que não irá coibir quem está participando do movimento. Os professores sempre apelaram pela paz e pelo diálogo e farão uma greve pacífica, sem aceitar provocações. Afinal, a Lei está do lado da categoria. Quem não a cumpriu foi o GDF.
Tranquilize-se – O Sindicato já mobilizou o jurídico da entidade para que, num ou noutro caso, advogados sejam acionados para resolver qualquer pendência. Mas, nesse momento de tensão, a melhor saída ainda é a tranqüilidade. O Sinpro está atento para defender o professor, que deve denunciar diretores que queiram delatar seus companheiros ou qualquer qualquer ação policial violenta.