OAB e deputados apoiam luta de professores

Em café da manhã que reuniu na manhã desta sexta-feira (27) no Sinpro representantes de entidades e parlamentares, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-DF, Jomar Moreno, afirmou que está convicto de que o governo irá ferir o princípio do direito adquirido se não cumprir a lei do plano de carreira dos professores. Ele referendou o apoio da entidade à luta dos professores.
O deputado Paulo Tadeu (PT-DF) informou que está fazendo gestões junto aos deputados governistas para que convençam Arruda a retirar o projeto e conclamou que todos os servidores estejam na segunda e terça-feira na Câmara para pressionar os deputados a rejeitar o projeto do governo. “É indispensável a ampla mobilização dos servidores públicos para que os deputados possam rejeitar o projeto de Lei do Governador Arruda, que abre a possibilidade de congelar os salários de todos e dá um calote nos professores”, afirmou.
A deputada Érika Kokay (PT-DF) disse que os servidores e os professores em particular devem se concentrar na Câmara Legislativa, mas não devem se esquecer de buscar o apoio de entidades como a Fecomércio, entre outras da sociedade civil e empresarial, já que os comerciantes serão diretamente afetados pelo arrocho salarial que virá com o congelamento de salários.
O deputado Chico Leite (PT-DF) acredita que a mobilização forte dos servidores será determinante para barrar o projeto na Câmara. O deputado federal Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) acredita que o governo Arruda está pagando para ver e que a disputa será duríssima, mas que é preciso enfrentá-la.
O Cabo Patrício (PT-DF) acredita que o governo jogará todas as suas fichas na aprovação desse projeto e que é preciso se mobilizar fortemente para evitar isso.
Para o presidente do PT no DF, Chico Vigilante, o projeto de lei teve um efeito contrário ao pretendido pelo governador, pois unificou os servidores em torno da sua rejeição. Além disso, entende ele, é uma lei inócua, pois quem diz quanto se deve gastar com salários do pessoal é a Lei de Responsabilidade Fiscal, uma lei federal. “Se o governador acha que esse projeto poderá intimidar os professores está enganado. Quem já fez greve em plena ditadura e na vigência da lei de greve e da lei de segurança nacional, não teme esse tipo de ameaça”, afirmou ele.
A presidente da CUT-DF, Rejane Pitanga, acredita que o projeto unificou os servidores, que vão intensificar a mobilização na próxima semana.
Não compareceram mas enviaram representantes o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), deputado federal Geraldo Magela (PT-DF) e os deputados distritais Júnior Brunelli (DEM-DF) e Jaqueline Roriz (PSDB-DF), que reafirmaram que os referidos parlamentares são contrários ao projeto.