Delegados e delegadas aprovam proposta de cota de jovens para direção da Central

Sem voto contrário, a 14ª Plenária Estatutária da CUT Brasília aprovou, neste sábado (31), a cota de 10% das vagas das diretorias das Centrais Nacional e Estadual, federações e confederações, para jovens (até 35 anos). O cumprimento da cota na composição das direções deve acontecer no período das próximas quatro gestões, ao final do qual a política de cota para a juventude será revista. As diretorias que não cumprirem com o requisito não poderão tomar posse. A deliberação será encaminhada à Plenária nacional da CUT, agendada para o final de julho, quando serão discutidas as propostas estatutárias, políticas e organizacionais tiradas em todo o país.
Para o secretário de Juventude da CUT Brasília, Douglas de Almeida Cunha, a aprovação das cotas para a juventude possibilita a “realização de maior diálogo e renovação das políticas sindicais”. “Atualmente, no movimento sindical, os sindicatos não discutem, não dialogam com a juventude. Consequentemente, não conseguem trazer este jovem para dentro do sindicato, filiar este jovem. Então, quando se tem um dirigente que se comunica e dialoga na mesma linguagem deste jovem, é possível trazer a juventude para o movimento sindical, construir políticas e se inserir da sociedade”, avalia.
Ainda relacionado à juventude, a 14ª Plenária Estatutária aprovou que só poderão ocupar cargo de secretário da Juventude nas várias instâncias sindicais delegados e delegadas com idade máxima de 35 anos na data da eleição.
Mudança no tempo do mandato
Ainda foi proposto como alteração no estatuto da CUT o tempo de mandato da direção de três para quatro anos. A proposta, aprovada pela grande maioria dos participantes, tem como objetivo poupar o dispêndio financeiro com seguidos processos eleitorais e assegurar tempo adequado para implementação e consolidação de políticas e projetos sindicais.
O presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto, explicou que a deliberação não impede que seja feita uma “oxigenação” nas direções das CUTs Nacional e estaduais. “Não é o tempo de mandato de um grupo que estagna a direção da Central. Renovar as direções sindicais é, principalmente, implementar cotas para jovens; estabelecer tempo máximo de ocupação de um cargo pelo mesmo dirigente; realizar um plano organizativo junto às bases, de formação permanente e de ação consolidado”, discursou.
Neste sentido, a 14ª Plenária Estatutária da CUT Brasília também aprovou proposta de renovação de 1/3 da direção das CUTs Nacional e Estaduais, federações e confederações, a cada nova eleição e vetar a que o mesmo dirigente sindical ocupe o mesmo cargo por mais de dois mandatos consecutivos.
Alterações financeiras
Para estimular que as entidades filiadas se mantenham quite com a Central, foi proposto e aprovado pela 14ª Plenária da CUT Brasília que só poderão participar das atividades da Central as entidades filiadas que estiverem com suas contas em dia com a Central pelo menos seis meses antes da atividade chamada pela CUT.
Além disso, para fortalecer ainda mais as CUTs Estaduais, foi proposto e aprovado na Plenária de Brasília que o repasse da contribuição sindical da CUT Nacional às CUTs estaduais passará de 3,6% para 4%. Ao mesmo tempo que pleiteia o fortalecimento financeiro, a 14ª Plenária também pede que as direções estaduais e nacional da CUT prestem contas específicas e detalhadas juntamente com o parecer do Conselho Fiscal nos congressos estaduais e nacional.
Secretaria de Comunicação da CUT Brasília