CUT reúne mais de 300 mulheres pela Participação Política

Atualmente, o Brasil ocupa o 107º lugar no ranking mundial de participação política das mulheres. Nas últimas eleições gerais, em 2006, das 513 vagas da Câmara Federal, apenas 45 foram ocupadas por mulheres, o que representa 8, 80% do total de assentos. Para lembrar a importância da mudança deste cenário, mais de 300 mulheres participaram da Marcha pela Ampliação da Participação Política das Mulheres, realizada pela CUT-DF.

Com o lema “mais mulheres no poder, mais poder para as mulheres”, as manifestantes saíram do SESC de Taguatinga Norte e seguiram em marcha pela Comercial Norte até a Praça do Relógio. Com bandeiras, faixas e apitos, as feministas pediram igualdade entre homens e mulheres para a construção de um país mais justo.

Há poucos dias das eleições gerais, a coordenadora do Sinpro-DF, Eliceuda França, reforçou que esta é a oportunidade de inserir, através do voto, mais mulheres na política. “Nosso voto é nossa arma para que nós mulheres possamos estar nos espaços de poder”. “Este é um ano importante, pois a mulher está no centro do debate político por termos a oportunidade de elegermos uma mulher presidente”, completou o presidente da CUT-DF, José Eudes, se referindo à candidatura de Dilma Rousseff.

“Não queremos apenas cumprir a cota de 30% aprovada pelo Congresso para ser parlamentar, queremos disputar a sociedade com justiça e igualdade”, afirmou a secretária de Mulheres Trabalhadoras da CUT-DF, Graça Sousa, se referindo à Lei 9.504. De acordo com a regra, os partidos políticos devem reservar no mínimo 30% e no máximo 70% para candidaturas de cada sexo.

Para a presidente licenciada da CUT-DF, Rejane Pitanga, a mulher tem a chance de mudar o Brasil através da política. “Nós mulheres temos um olhar muito cuidadoso sobre as coisas. E quando a gente chega a ocupar espaços como os da política, a gente exerce nosso papel com muita competência”. Rejane lembrou que as reivindicações das mulheres compõem uma grande lista que inclui o fim da violência contra as mulheres, atendimento integral à saúde da mulher pelo Sistema único de Saúde (SUS), descriminalização do aborto, creches públicas outras bandeiras permanentes de luta que foram reivindicados durante a Marcha pela Ampliação da Participação Política das Mulheres.

Vanessa Galassi, da CUT-DF