CUT reforça defesa do Marco Civil da Internet durante manifestação em Brasília

A CUT, movimentos sociais da área de Comunicação, militantes pela Internet Livre e parlamentares participaram nesta quarta-feira (26) de um ato na Câmara dos Deputados pela aprovação do PL 2126/2011, o chamado Marco Civil da Internet. O Projeto, construído coletivamente pela sociedade civil, é fundamental para impedir a intervenção das empresas de telecomunicações na estrutura de Internet e para garantir a democracia e a liberdade na rede.

“Os movimentos sociais defendem a aprovação imediata do texto atual do Marco Civil da internet, fundamental para o enfrentamento ao poder hegemônico imposto pelas teles e pelos monopólios que dominam a comunicação no País. O Marco permite a pluralidade e o contraponto de opiniões. Por isso a defesa intransigente à neutralidade de rede e à privacidade. É um projeto inovador, que pode projetar o Brasil no exterior e nos tornar exemplo para o mundo”, afirma Rosane Bertotti, secretária nacional de Comunicação da CUT e coordenadora-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).
Rodrigo Rodrigues, secretário de Formação da CUT Brasília e representante da Central no ato lembrou que a Internet não pode seguir a mesma lógica das empresas de radiodifusão brasileiras. “No Brasil, nós já temos a mídia monopolizada por grandes empresas, que desconsideram a Comunicação como um direito básico da humanidade e a veem pela ótica do mercado. A Internet não pode cair na mesma lógica, não pode ser submetida a interesses de corporações que a utilizam como fonte de lucro e não com finalidade pública”, defende.
Trancando a pauta da Câmara desde o começo do mês, o principal ponto de divergência é a neutralidade de rede, que encontra resistência do PMDB e das grandes corporações do setor de telecomunicações. Segundo o critério de neutralidade, defendido pela CUT e movimentos sociais, as empresas não podem bloquear ou limitar o tráfego para diferentes conteúdos, aplicativos ou sites. A votação do Marco Civil da Internet segue sem data definida.
Com informações da CUT