CUT fortalece campanha de solidariedade a Gaza

A Central Única dos Trabalhadores se soma à campanha de solidariedade à Gaza num momento vital para a sobrevivência de centenas de milhares de vítimas do criminoso cerco israelense.
No próximo sábado, 29 de novembro, Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino, milhões de pessoas em todo o planeta farão ecoar o grito em defesa das liberdades democráticas, pelo fim incondicional, total e imediato do bloqueio de Gaza e do genocídio movido pelas tropas de ocupação. O território palestino está com sua infraestrutura completamente comprometida pela destruição de hospitais, fábricas, estradas, creches, escolas e universidades.
“A coragem, o desprendimento e a determinação do povo palestino em não se dobrar à política de terrorismo de Estado de Israel são cada vez mais um exemplo para o mundo”, afirmou o secretário de Relações Internacionais da CUT, Antonio Lisboa, destacando a importância da iniciativa da União Geral dos Trabalhadores Argelinos.
Leia abaixo a íntegra do manifesto e envie seu apoio para o e-mail sri@cut.org.br
 
UNIÃO GERAL DOS TRABALHADORES ARGELINOS
PARTIDO DOS TRABALHADORES

“Aos trabalhadores, aos militantes operários,

Aos defensores das liberdades democráticas

Fim incondicional, total e imediato do bloqueio de Gaza

Fim imediato de todas as medidas de guerra contra Gaza”

 

«Os povos e os trabalhadores de todo o mundo ficaram horrorizados diante do massacre e as destruiçõesmaciças que Israel e o seu Exército impuseram em Gaza, a todo o povo palestino, lançando contra ele um dilúvio de fogo, durante 51 dias: 2150 mortos, cerca de 12 mil feridos com muita gravidade, destruição de 20 mil habitações (jogando na rua 25% dos habitantes de Gaza) e,de toda a infraestrutura de base (escolas, hospitais, fábricas, estradas, universidades, etc.), levando à destruição de 200 mil empregos – é este o balanço macabro.

Os povos e os trabalhadores de todo o mundo não aceitam que a maioria dos governos ocidentais, a começar pelo governo Obama, possam armar e apoiar Israel, culpado de um verdadeiro genocídio.
Os povos e os trabalhadores não aceitam que numerosos governos – particularmente um determinado número de regimes árabes do Oriente Médio – se tornem cúmplices desse crime contra a humanidade.
O povo palestino não tem o direito a viver? Por que o que exige o povo palestino é o que exigem os povos de todo o mundo: a terra, a paz, a liberdade, o restabelecimento de sua unidade como nação.
Em todos os continentes – na Europa, nos EUA, na América Latina, no Magreb, no Oriente Médio, no Japão, no Paquistão, na África do Sul, etc. – realizaram-se gigantescas manifestações de dezenas de milhares e, por vezes, centenas de milhares de trabalhadores e de jovens exigindo o fim dos massacres e dos bombardeios, o fim do bloqueio que estrangula Gaza desde 2006.
E enquanto milhares de judeus israelenses se manifestavam em Tel Aviv para denunciar a guerra contra Gaza, centenas de judeus sobreviventes do genocídio nazista e seus descendentes na Europa e nos EUA, declaravam:
“Como judeus sobreviventes do genocídio nazista – e descendentes de sobreviventes – nós condenamos inequivocamente o massacre dos palestinos de Gaza assim como a ocupação e a permanente colonização da Palestina histórica.
Nada pode justificar o bombardeio dos abrigos da ONU, das casas, dos hospitais e das universidades. Nada pode justificar privar as pessoas de água e de eletricidade. Devemos coletivamente juntar as nossas vozes e utilizar coletivamente tudo o que estiver em nosso poder para pôr fim a todas as formas de racismo e, portanto, ao permanente genocídio do povo palestino. (…) ‘Isto nunca mais’ deve significar isto nunca mais para quem quer que seja!”.
Eles têm razão. E a mobilização internacional ajudou o povo palestino, a sua resistência, a impor um recuo a Israel, levando a um relaxamento parcial do bloqueio e à suspensão dos bombardeios.
Mas a agressão israelense contra o povo palestino martirizado prossegue por meio de prisões em massa, assassinatos, incursões do Exército israelense, manutenção do bloqueio e confisco de terras palestinas para estender as colônias judias, submetendo, cada vez mais, à fome e aos guetos as populações palestinas. Isto no momento em que os habitantes de Gaza – totalmente devastada – estão na maior penúria, privados de teto, de
alimentos, de água e de eletricidade, ou seja, em perigo de vida.
A UGTA e o Partido dos Trabalhadores – que organizam, na Argélia, a mobilização operária e popular em defesa de Gaza – dirigem-se solenemente a todas as organizações do movimento operário internacional, de Norte a Sul e de Leste a Oeste, a todos os militantes, a todos os defensores das liberdades democráticas, da paz e da fraternidade entre os povos:
– exijamos em conjunto a satisfação das aspirações vitais do povo palestino,
– apoiemos a aspiração unânime do povo palestino: “Não queremos ser mortos em fogo brando”.
Não pode haver paz sem o fim incondicional, total e imediato do bloqueio, sem a reconstrução das fábricas, das infraestruturas e habitações destruídas, sem o restabelecimento incondicional do direito à pesca, sem o direito a ter portos e um aeroporto, sem meios para o funcionamento dos hospitais e das escolas, sem o direito ao emprego, o direito dos camponeses a cultivarem suas terras, o direito à eletricidade e à água…

Não pode haver paz sem o fim da repressão, sem a libertação dos prisioneiros – entre os quais 262 crianças,

muitas mulheres e pessoas doentes.

Nós dizemos: é responsabilidade em particular das organizações do  movimento operário de todo omundo parar o braço cúmplice de todos os governos que apoiam Israel, o seu Exército e a sua loucura assassina.

Por isso, apelamos a todos para que tomem todas as medidas necessárias para fazer cessar essa loucura criminosa.