Como ficará o legado deixado pela Copa do Mundo?

A Copa do Mundo de 2014 acabou. Foi, como toda festa brasileira, vivida intensamente pelo povo, contudo, resta agora fazer o balanço e utilizar o saldo positivo do evento para avançar na superação dos entraves que ainda impedem o país de se desenvolver plenamente como nação para todos e todas.

A questão que fica é o que faremos com o legado da Copa, seja econômico, estrutural ou do novo paradigma de país competente e capaz e não somente de país do futebol. Agora a tarefa é exigir que o legado econômico e estrutural seja utilizado para promover mais mudanças positivas na vida do povo brasileiro, com a aplicação de mais recursos para saúde, educação, reforma urbana e rural.

As manifestações de 2013 reforçaram na pauta da sociedade a necessidade de reformulação do estado brasileiro com a redefinição de novas prioridades. Mais educação, saúde e segurança, reformas urbana e política foram ítens centrais das mobilizações de 2013. O aceleramento de muitas obras de infraestrutura, a aprovação de mais recursos para educação, a medida emergencial que trouxe mais médicos, o debate acerca da necessidade de uma constituinte para realização de uma profunda reforma política são algumas das pautas sempre presentes na sociedade civil organizada e que foram potencializadas pelas manifestações do ano passado.

Este foi o ano da Copa do Mundo no Brasil, mas é também o ano das eleições gerais. É, portanto, o momento mais apropriado para definirmos que modelo de sociedade queremos para os próximos anos e como, a partir desta definição, potencializaremos o aprendizado fruto da realização da Copa. Sem retroceder nas conquistas conseguiremos avançar mais em relação às pautas da sociedade manifestas e potencializadas nas mobilizações de 2013.