CNTE participa do 13º Congresso Mundos das Mulheres e Seminário Fazendo Gênero

Entre os dias 30 de julho e 4 de agosto, o Brasil recebe o 13º Congresso Mundos de Mulheres (MM) – encontro internacional e interdisciplinar de e sobre mulheres que ocorre em conjunto com Seminário Internacional Fazendo Gênero em Florianópolis (SC). A CNTE está presente neste evento que reúne mulheres de todo mundo no campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Da diretoria da CNTE, participam do evento a Secretária de Relações de Gênero, Isis Tavares, a Secretária de Formação, Marta Vanelli, e a Secretária Executiva, Berenice D’Arc Jacinto. Dos sindicatos filiados a CNTE estão presentes: Sinte/SC, App/PR, Apeoesp, Sindiupes, Sindiute MG, Sinpro/DF e SINTERR.
Saúde das mulheres
Nos dias 31 de julho e primeiro de agosto a Secretária da CNTE, Isis Tavares, participou da reunião ordinária do Conselho Nacional de Educação, que foi transferida para este evento. Nesta reunião foi realizada a Conferência Livre do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher para a segunda Conferência Nacional de Saúde das Mulheres. “Discutimos sobre o sofrimento psíquico e mental que atinge muitas mulheres, em especial as trabalhadoras em educação. Isso afeta nossa categoria que tem mais de 80% de mulheres em sua base. É um problema que precisa ser enfrentado”, destacou Isis Tavares.
Rodas de Conversa e marcha de mulheres
A programação do Congresso e do Seminário contou com apresentações artísticas, mesas de debates, conferências e manifestações. A CNTE marcou presença na Marcha Mundo de Mulheres por direitos, na roda de conversa sobre educação e estratégias de educação inclusiva, e na mesa redonda “Gênero, Diversidades e Educação: perspectivas contemporâneas”.
Marcha Mundos de Mulheres por Direitos ocorreu no dia 2 de agosto. Este espaço de luta integrou reivindicações de pessoas do mundo todo: mulheres negras, indígenas, quilombolas, agricultoras, residentes do campo e da cidade, trabalhadoras do sexo, pessoas trans e não-binárias, mulheres lésbicas, bissexuais, estudantes, trabalhadoras informais, imigrantes e acadêmicas. “Estamos aqui para gritar bem alto que queremos nossos direitos recuperados e estamos na resistência! Nós vamos lutar pelos nossos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao amor, aos nossos direitos sexuais e reprodutivos”, ressaltou a Secretária de Relações de Gênero da CNTE, Isis Tavares, que participou da Marcha.
Um tema de destaque nas rodas de conversa realizadas no dia 3 de agosto foi a necessidade de discutir gênero dentro da escola. “Precisamos ter um espaço democrático dentro de sala de aula que valorize as diferenças, para que elas não sirvam como motivo para discriminar pessoas LGBTs ou para prática de bullying, violências que tantas vezes causam evasão escolar”, pontuou Isis Tavares.
Na avaliação da CNTE, na sociedade capitalista nenhum direito está assegurado: “A história não acabou e nós precisamos combater essa intolerância, agressividade e violência contra as pessoas que não estão nos padrões de masculinidade. A gente precisa ir pra rua e lutar por outro tipo de sociedade. A gente precisa ter unidade e resistir, não de forma passiva, mas com ousadia, enfrentamento, e assim retomar o protagonismo no crescimento do nosso país”, concluiu Isis Tavares.