Categoria não se intimida e decide manter a greve


A certeza de que nosso movimento grevista é legal e legítimo e de que nossas reivindicações são mais do que justas fez com que milhares de professoras e professores do ensino público do DF votassem a favor da continuidade da greve. A decisão foi tomada por maioria dos presentes à assembleia geral realizada na manhã de terça-feira, dia 24, na Praça do Buriti, local onde está montado o acampamento da categoria.
A postura adotada pelo Tribunal de Justiça, que concedeu antecipação de tutela (liminar) à ação do Ministério Público e determinou o retorno às salas de aula de 80% da categoria, não conseguiu intimidar as(os) professoras(res). Todas(os) se mantiveram firmes em sua decisão de só acabar com o movimento quando o governo cumprir o compromisso assumido em 2011.
Durante a assembleia, foi repassado o informe de que o jurídico do Sinpro ingressou com agravo a essa decisão do TJ, solicitando a reconsideração desse percentual, que na prática significa uma ingerência sem precedentes e um risco para o exercício do direito de greve. A greve é um instrumento de luta dos(as) trabalhadores(ras) reconhecido pela Constituição e, portanto, deve ser respeitado.
O entendimento geral foi o de que essa medida do MP procura inviabilizar o direito de greve das(os) professoras(res). A resposta da categoria a mais esse desrespeito é intensificar a luta. Uma nova assembleia geral foi marcada para a próxima sexta-feira, dia 27, às 9h30, na Praça do Buriti.