Categoria decide, por ampla maioria, continuar em greve


A greve continua por tempo indeterminado. Essa foi a resposta de cerca de 10 mil professoras e professores ao governo do Distrito Federal, durante a assembleia geral da categoria ocorrida na manhã desta terça-feira, dia 20, na Praça do Buriti. A falta de uma proposta concreta nas reuniões de negociação ocorridas até hoje, bem como as mentiras e os constantes ataques que o GDF têm feito à categoria, na mídia, foram determinantes para a decisão tomada pela ampla maioria. O resultado da votação foi comemorado com a agitação das bandeiras aos gritos de “o professor na rua, Agnelo a culpa é sua”.
A categoria também aprovou o calendário de mobilização sugerido pelo Comando Geral de Greve e a realização de uma nova assembleia geral na próxima terça-feira, dia 27, às 9h30, na Praça do Buriti. Durante a assembleia, a Comissão de Negociação do Sinpro, acompanhada da deputada federal Érika Kokay, do presidente da CUT-DF, José Eudes, e da deputada distrital suplente, Rejane Pitanga, foram à Câmara Legislativa do DF para conversar com os parlamentares. Eles foram solicitar aos deputados distritais a obstrução da pauta de votações até o GDF apresentar uma proposta que atenda às reivindicações da categoria.
Ao final da assembleia, professoras, professores e alunos saíram em passeata da Praça do Buriti em direção à Câmara Legislativa, para a realização de um Ato Público. O objetivo era o de pressionar os deputados a acatarem o pedido da categoria que a Comissão de Negociação do Sinpro estava apresentando a eles, naquele momento (ver matéria a esse respeito nesta página).
Negociação do dia 19
Na reunião de segunda-feira, dia 19, entre a Comissão de Negociação do Sinpro-DF e o GDF, o governo insistiu em pautar a discussão nos pontos da estrutura do Plano de Carreira que não têm impacto financeiro. Ao final, conseguimos chegar a um acordo em relação a alguns pontos, dentre os quais dois se destacam. O primeiro deles é o de que o professor ao ser licenciado para estudos não terá prejuízo financeiro (hoje quem está nessa situação perde a gratificação de regência de classe).
O segundo ponto acordado é referente ao artigo 15 do atual Plano de Carreira, que está sendo questionado na Justiça. O GDF apresentou uma proposta de garantir a situação daqueles que ingressaram na Carreira com nível médio e hoje se encontram como Classe A ou B.
Continuam pendentes itens que têm impacto financeiro como, por exemplo, a estruturação da Carreira. Hoje temos 25 etapas e o nosso pleito é de reduzir esse número. Outro ponto também ainda não acordado é relativo ao percentual de titularidade (especialização, mestrado e doutorado). O secretário de Educação informou que continua discutindo nossas reivindicações com a área econômica do governo. Entretanto, não marcou outra reunião conosco.
O GDF voltou a noticiar o corte de ponto. Trata-se de mais uma ameaça para tentar desmobilizar nossa categoria. Nossa resposta é intensificar ainda mais a mobilização. Vamos todas e todos participar do trabalho de convencimento nas regiões administrativas. Nossa força é nossa união!