Carta aberta à comunidade

Manifesto Contra a Precarização da Educação Pública do DF
Mais uma vez, assistimos ao ato de se jogar nas costas da Educação Pública a conta a ser paga pelo Governo do Distrito Federal. Quando a receita é cortar gastos da Máquina Pública, de onde se tira dinheiro em primeiro lugar? Dos recursos públicos destinados à educação dos filhos dos trabalhadores. Ora, sempre que um governante fala em reduzir despesas, o prejuízo recai sobre aqueles que necessitam da prestação dos serviços públicos.
A pretexto de um alegado “rombo” nas contas do GDF, o Secretário de Educação tem feito chegar às escolas públicas uma série de medidas que revelam seu total descompromisso para com a educação pública do Distrito Federal. A começar pelo desrespeito ao início do Ano Letivo determinado pelo Calendário Oficial aprovado pela própria Secretaria de Educação, presenciamos um verdadeiro festival de ações que já trazem graves prejuízos à vida escolar de nossas crianças e adolescentes, pelo fato de inviabilizarem o funcionamento das Unidades Escolares, a saber:
Retirada dos Coordenadores Pedagógicos da estrutura das escolas:
Os Coordenadores são responsáveis pelo Planejamento de todas as ações e atividades pedagógicas a serem colocadas em prática ao longo do Ano Letivo. Sem eles, cada Professor ficará isoladamente responsável pelo planejamento de sua disciplina, o que comprometerá a execução do Projeto Político-pedagógico da Escola, além de representar o fim da Educação Integral nas escolas em que este programa foi implantado e ainda de outras atividades indispensáveis à vida escolar:
Recusa à nomeação de novos Supervisores Pedagógicos e Administrativos para as escolas:
A Escola não se resume à Sala de Aula. Há toda uma estrutura, em torno dela, vital para que seus serviços sejam bem prestados à Comunidade: a Secretaria Escolar, a Coordenação Pedagógica, assim como as Supervisões Pedagógica e Administrativa;
Indefinição de um calendário para a liberação dos recursos que financiam as escolas públicas de Brasília:
O Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (PDAF) garante recursos indispensáveis para o funcionamento das escolas em seu dia a dia bem como o custeio das suas despesas ao longo do ano. A retirada desses recursos representaria um verdadeiro retrocesso para a escola pública do Distrito Federal.
Retirar as condições mínimas de funcionamento das escolas é promover o sucateamento do Ensino Público de Brasília. Este é o Programa de Governo do GDF para a área de Educação?
Caberia ainda a pergunta em uma “Roda de Conversa”: por que a escola pública não pode ter a estrutura da escola particular?
MÃES, PAIS, COMUNIDADE EM GERAL, JUNTEM-SE A NÓS NA LUTA PELA DEFESA DOS DIREITOS DOS SEUS FILHOS.
COORDENADORES JÁ
SUPERVISORES JÁ!
PDAF JÁ!
 
 
Gestores das escolas públicas