Assembleia suspende a greve. Saiba das decisões.

A assembleia geral dos professores, realizada na manhã da terça-feira, dia 28, aprovou a suspensão do movimento grevista e decidiu aceitar a proposta feita pelo GDF. A grande preocupação da categoria é a forma de recomposição do calendário escolar e o pagamento dos dias parados. Por isso o Sinpro quer garantir a formação o quanto antes da comissão formada pela Secretaria de Educação, UnB, Sinpro, OAB e representante da Câmara Legislativa, que terá como tarefa definir como se dará a reposição.
Desde o final do ano passado, quando iniciamos nossa campanha pelo cumprimento da lei, o GDF atacou a categoria de forma truculenta, com ameaças, utilizando a imprensa para desqualificar nosso movimento, já decidido a dar o calote na categoria.Tentou manipular a opinião pública com informações falsas, tentaram nos dividir e disseram que a proposta, depois da crise econômica, era zero de reajuste.
Não nos intimidamos, resistimos, nos organizamos, fizemos uma greve com garra e combatividade e arrancamos uma proposta, apesar da intransigência do governador. Essa não é a proposta ideal, pois na verdade o que queríamos era o cumprimento da lei. Mas acreditamos que diante da conjuntura econômica de crise, só conseguimos esse avanço pela força e mobilização daqueles que foram à greve e que estiveram na luta. Esta vitória, portanto, deve ser dedicada àqueles não se intimidaram, que colocaram seus interesses de classe acima de interesses pessoais, que estavam na porta das escolas fazendo piquetes de convencimento, que acreditaram que somente a luta nos garante conquistas.
Valeu o empenho, a dedicação e a coragem, atributos de pessoas dignas, que não temem ameaças, que fazem e mudam a história, construindo a consciência e a cidadania, ensinando a liberdade e o respeito aos direitos dos cidadãos. Valeu, companheiros!

Atenção para o que foi acordado com o GDF:

– Reajuste salarial de 5% no mês de maio
– Pagamento do retroativo de março e abril em 6 parcelas a começar também em maio
– Avaliação da Receita Tributária em julho e novembro. Caso o governo tenha uma receita superior a 5%, a diferença será repassada para o salário dos professores com o compromisso do pagamento dos 15, 31% em parcelas até março de 2010.
– Caso não haja o crescimento da Receita, o GDF se compromete a pagar o restante da dívida de 15, 31% em março de 2010 junto com o reajuste do Fundo Constitucional do DF de 2010, descontado o valor da progressão por merecimento de 2009
– Pagamento dos dias parados a partir da recomposição do Calendário Escolar de 2009