CUT prepara ofensiva para barrar reformas do governo golpista

Nos próximos dias, a direção da CUT se reunirá para traçar a estratégia e as ações para confrontar e barrar as reformas anti-trabalhadores propostas pelo governo golpista de Temer. Os focos serão a reforma trabalhista que, se aprovada, permitirá negociações isoladas entre empresas e empregados ou entre setores econômicos e seus trabalhadores, significando menores salários, cassação de direitos e precarização do trabalho; e a reforma previdenciária, que retira benefícios e obriga homens e mulheres, do campo e da cidade, a trabalharem até morrer.
Se 2016 foi um ano de muita luta, 2017 promete muito mais. Principalmente com o “pacote de malvadezas” contra o trabalhador brasileiro que tramita no Congresso Nacional, pronto para eclodir ainda nesse primeiro semestre.
“Essa é a articulação para o pagamento do golpe às elites econômicas e sociais, para o setor financeiro e as empresas monopolistas e multinacionais. Mas, não permitiremos que os trabalhadores arquem com essa conta”, defende o secretário geral da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues. “A classe trabalhadora está acumulando forças, ampliando e fortalecendo a unidade”.
Graça Costa, secretária nacional de Relações do Trabalho da CUT, também acredita que a união dos trabalhadores será essencial para barrar as “Temer”osidades anunciadas contra os direitos e conquistas do povo brasileiro.
“As reformas trabalhista e previdenciária colocarão em cheque anos de batalha dos trabalhadores por direitos mais justos. Mas, estamos preparados para o enfrentamento. A classe trabalhadora tem muita força e está unida contra a retirada de direitos”, garantiu.
O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) prevê que 2017 será um ano difícil para os trabalhadores. Além do aumento do desemprego, não existe política econômica de curto prazo para recuperar a economia, enquanto o governo golpista e ilegítimo de Michel Temer envia ao Congresso Nacional medidas que vendem a reversão desse quadro com direitos ainda mais precarizados.
Para este início de ano teremos a subcontratação ilimitada (PLC 30 e o PL 4302), a reforma trabalhista (PL 6787), a reforma da Previdência (PEC 287) e ainda o Programa de Seguro Emprego (PSE / MP 761), sem contar com as novas propostas sobre contrato de trabalho, em especial, o intermitente. Outra grande preocupação é que as propostas originais recebam emendas durante a tramitação e que se aprofundem, ainda mais, no teor negativo para os trabalhadores.