Professores(as) e movimentos sindicais protestam contra mais um calote do GDF

Professores(as), orientadores(as) educacionais e representantes de vários sindicatos do Distrito Federal participaram do ato público na tarde de hoje, na Praça do Buriti, contra o calote do governo Rollemberg (PSB). Em mais um sinal de desrespeito com o movimento sindical ele anunciou, pela mídia, que não irá pagar a última parcela do reajuste do nosso Plano de Carreira (Lei nº 5.105, de 2013), conforme negociado durante a greve do ano passado. Este é mais um calote que o governador promove contra o servidor público, demonstrando que realmente não tem palavra e que tem o interesse de atacar o funcionalismo e os serviços públicos.
O calote de Rollemberg é referente à última parcela do reajuste dos 153 mil servidores(as) públicos locais, que deveria ter sido depositada em outubro do ano passado. O reajuste é uma conquista das 32 categorias do funcionalismo, garantida em lei, em 2012. “Rollemberg reforça seu selo de caloteiro com esse anúncio. E se ele acha que nós iremos aceitar, está muito enganado. Este anúncio só reforça nossa mobilização para a construção da greve geral no dia 11 de novembro”, afirma o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto.
Todos os indícios mostram que o calote ao funcionalismo já estava nos planos de Rodrigo Rollemberg. A evidência é o decreto antigreve (37.962/16), publicado no Diário Oficial do DF no último dia 6 de outubro. Pelo texto, servidores públicos que realizarem greve serão gravemente punidos, com sanções que preveem desconto salarial, procedimento administrativo-disciplinar e aplicação de penalidades civil e penal.
O decreto é tão absurdo que deputados distritais do PT e do PPS apresentaram no último dia 11 ao plenário da Casa um Projeto de Decreto Legislativo que susta os efeitos do decreto antigreve de Rollemberg. A previsão é de que a Câmara Legislativa do DF vote o pedido na próxima terça-feira (18). “Todos estes ataques não vão nos enfraquecer. Além de caloteiro, este governador ficará na história como o responsável por bater em professor, dar calote em servidores públicos, que não faz concurso público, que desrespeita o trabalhador e não cumpre a Lei”, afirma a diretora do Sinpro Luciana Custódio, complementando que “a partir de agora a missão de todos e todas é lutar contra toda tentativa de retrocesso e reivindicar o que é nosso por Lei”.
 
Histórico de desrespeitos do GDF
O GDF descumpre, pelo segundo ano consecutivo, o reajuste do auxílio-alimentação, não realiza a contratação de professores(as) e orientadores(as) concursados, não realiza novo concurso público, as escolas estão sucateadas, com falta de professores e sem recursos financeiros, está matando os turnos integrais (Pro-Eiti) por falta de dinheiro, não paga o acerto financeiro dos(as) aposentados(as) relativos à licença-prêmio não gozada, entre outras perversidades não só com categoria docente, mas também com a população que necessita de escola pública, gratuita e socialmente referenciada.
A diretoria do Sinpro-DF lembra que no dia 10 de novembro, às 9h30, haverá Assembleia Geral dos professores na Praça do Buriti para discutir esses e outros problemas. Professores(as) e orientadores(as), compareçam! A nossa força e a defesa de nossos direitos dependem de nossa união e participação!