Juventude da Educação firma compromisso de defesa da democracia e dos direitos

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Defender a democracia, a educação, os direitos e, principalmente, lutar contra o golpe em curso foram algumas conclusões retiradas do II Encontro Nacional da Juventude realizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
O encontro aconteceu nos dias 12, 13 e 14 de agosto e reuniu participantes de diversos sindicatos filiados à CNTE. Ao término dos três dias de intensos debates, os participantes elaboram uma carta aberta à sociedade.
No documento o coletivo de Juventude da CNTE reafirmou o compromisso com a juventude trabalhadora, a luta pela valorização da educação pública e também reiterou o posicionamento contrário da CNTE sobre o governo golpista Michel Temer e seus constantes ataques aos direitos.
Para os dirigentes sindicais que participaram encontro, os jovens foram brutalmente atingidos por esse governo ilegítimo. Exemplo disso são os projetos que tramitam no Congresso e afetam diretamente a educação como o PLS 193/2016, conhecido como Lei da Mordaça. O projeto tenta fincar a qualquer custo o fim da liberdade de expressão dentro das salas de aula.
Outro exemplo é a desvinculação das receitas orçamentárias que destinam recursos do Fundo Social e dos royalties do petróleo para a educação.
Ainda segundo os dirigentes, na atual conjuntura política faz-se ainda mais necessário trazer a juventude para dentro dos sindicatos. Assim, estarão formados politicamente e poderão lutar por direitos e contra retrocessos.
Para o coordenador de Juventude da CNTE, Carlos Guimarães, o encontro aconteceu em um momento oportuno. “Celebramos no dia 12 de agosto o dia internacional da juventude e o que queremos é justamente envolver o jovem nas pautas sindicais. Desta forma organizaremos coletivos de juventude em diversos estados e promoveremos debates políticos e a militância sindical”, afirma.
Para o diretor pedagógico do Instituto Paulo Freire (IPF), Paulo Roberto Padilha, que foi palestrante do encontro, é preciso unidade de luta para mudar a conjuntura.
“Temos que respeitar e saber conviver com as diferenças sociais, culturais e ideológicas. Só assim construiremos um mundo justo. A direita se une fácil, e nós, da esquerda, temos que nos unir com mais facilidade ainda,” afirmou.
Já para a secretária de Juventude da CUT Brasília, Maria do Socorro Neves, é tempo de resistência. ” Precisamos nos mobilizar e defender a juventude que tem sido alvo de constantes ataques. Somente com unidade de luta mudaremos a atual situação. Nós não aceitaremos a ofensiva neoliberal”, concluiu.
Confira a Carta_coletivo_juventude_CNTE
Fonte: CUT Brasília com informações da CNTE