Comunidade do Cemeit exige desocupação de cantina da escola

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Cerca de 600 pessoas – entre professores(as), estudantes, pais e mães de alunos do Centro de Ensino Médio EIT (Cemeit), de Taguatinga -, realizaram uma manifestação na manhã desta quarta-feira (18). Elas exigem que a Regional de Ensino providencie a desocupação da área da cantina, atualmente utilizada para exploração comercial por uma empresa privada.
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“Desde 2009 está garantido em lei a extensão da alimentação aos estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e do Ensino Médio, o que é o nosso caso. Acontece que não temos como preparar os alimentos porque no local (público) destinado a isso funciona uma cantina particular”, denunciam. O problema atinge cerca de dois mil estudantes que frequentam a escola nos três turnos. Além de exigirem que a lei seja cumprida, não quererem despender dinheiro com alimentos não saudáveis. Mas ficam sem saída diante da situação; são empurrados a consumir o que a cantina oferece.
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Durante o ato, representantes da comunidade escolar entregaram um manifesto dirigido ao diretor da Regional de Ensino e à Secretaria de Educação, solicitando a desocupação imediata do local. Na Regional foram informados que uma notificação entregue aos proprietários da cantina expirou em 1º de maio e que o assunto, então, será repassado à procuradoria de Justiça para providenciar a reintegração de posse.
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“Acontece que esse problema se arrasta desde 2009. O processo está imenso e não vemos uma solução a curto prazo. A resolução do problema não é tão complicada assim. Há interesses obscuros de grupos na permanência desse comércio no Cemeit”, reafirmaram os representantes.
Dirigentes do Sinpro que acompanharam a manifestação classificaram a situação como absurda. “Não é possível que uma empresa particular, completamente irregular [não tem sequer alvará de funcionamento ou qualquer documentação que permita a ocupação], prejudique a comunidade escolar por tantos anos e não seja tomada uma providência efetiva. O espaço da cantina é público e deve ser utilizado como tal. Não se trata de benesse, mas de cumprimento da lei”.
Fotos: ECOM