A Educação não se calará!

A democracia brasileira está sob sérios ataques. Liderados pela Fiesp, entidades patronais, corruptos notórios do nível de Eduardo Cunha e o Congresso Nacional mais conservador da história recente do país, os setores que se apropriaram do Brasil por mais de 500 anos vêm empenhando esforços para derrubar uma presidenta legitimamente eleita que não cometeu nenhum crime de responsabilidade, haja vista todos os relatórios produzidos até agora pelo Congresso Nacional e acusadores não apontam para esta possibilidade – o que justificaria o impeachment da presidente da República. Fora disso, é golpe; e seus beneficiários serão aqueles que perderam as eleições presidenciais (PSDB e aliados) ou que não tiveram voto nenhum para alcançar o posto mais alto da República (Michel Temer e seu PMDB).
O golpe é contra os trabalhadores!
latuff
Ele está a serviço da retirada de direitos, da redução do Estado e da entrega do patrimônio nacional para empresas do centro do capitalismo mundial. Esse nada mais é que o programa derrotado nas urnas em 2014, 2010, 2006 e 2002, mas já foi anunciado pelo vice-presidente conspirador, Michel Temer, como sua carta de intenções.
O programa a “Ponte para o Futuro”, apresentado pelo PMDB ainda em outubro de 2015, pretende:
>> Eliminar as vinculações orçamentárias (como as que fixam o investimento em Educação e Saúde) e os programas sociais;
>> Retomar e ampliar privatizações e concessões (em especial, na exploração do pré-sal, cuja prerrogativa a Petrobras perderia, com impacto fundamental sobre a Educação Pública);
>> Desregulamentação de direitos trabalhistas;
>> Alterações nas regras previdenciárias com aumento na idade para a concessão da aposentadoria e o fim de aposentadorias especiais, como as de professor;
>> Afrouxamento da distribuição de licenças ambientais.
E muito mais!
Tudo isso sem falar na perseguição e criminalização dos movimentos sociais, situação à qual sobrevivemos ao longo de dois governos FHC. A direita brasileira busca, desde agora, recuperar essa prática, que se representa perfeitamente bem no discurso pseudo-apartidário do “movimento” Escola Sem Partido. Iniciativas truculentas de amordaçar professores e professoras estão colocadas em diversas Assembleias Legislativas do país e no próprio Congresso Nacional.
Diante dessas ameaças, a Educação não se calará! Em defesa da democracia e das nossas conquistas históricas, em defesa da classe trabalhadora e de um Brasil livre da intolerância, da violência, da subordinação e da mordaça, os educadores estarão na luta!
Diretoria Colegiada do Sinpro-DF