GDF leva funcionalismo à greve; servidores realizam ato nesta quinta (8)

Calote, chantagem e ameaças do GDF (Governo do Distrito Federal) empurrarm o funcionalismo do DF à greve geral por tempo indeterminado. A concretização da paralisação dos serviços públicos será confirmada em assembleias dos diversos setores do funcionalismo, nesta quinta-feira (8). O calote do GDF foi confirmado na reunião do governo com o Fórum em Defesa do Serviço Público, no Palácio do Buriti, nesta quarta-feira (7). Como o governador Rollemberg não compareceu à reunião, o anúncio foi feito pelo secretário de Relações Institucionais, Marcos Dantas. De acordo com ele, “os reajustes salariais só devem ser pagos em maio de 2016”.
Para cobrir a ausência do governador, o GDF montou um time de secretários para tentar convencer os dirigentes sindicais de que a culpa do calote e da retirada de direitos é da crise econômica. Com mais desculpas e sem respostas ao pleito do funcionalismo local, o governo ainda usou chantagem e ameaçou demitir terceirizados, tentando responsabilizar os servidores. Revoltados com a postura do governo, os sindicalistas se retiraram da reunião.
O coordenador do Fórum em Defesa do Serviço público e secretário-geral da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues, cobrou dos secretários do GDF uma proposta concreta do governo. “Nós viemos aqui atrás de uma proposta. O que foi apontado na última reunião com a presença do governador era que hoje seria apresentada uma proposta que tivéssemos condição para levar para as nossas assembleias avaliar”, lembrou o dirigente. Rodrigues ainda ressaltou: “o não pagamento dos reajustes e a ausência de uma proposta concreta nos deixa sem opção. Não há outro caminho além da greve”.
Assembleias e ato unificado na Praça do Buriti
Os mais de 130 mil servidores do funcionalismo público do Distrito Federal se organizarão em assembleias nas proximidades do Palácio do Buriti nesta quinta-feira (8). Algumas categorias já aderiram ao movimento grevista, outras aprovarão indicativo de início da greve a partir da próxima terça-feira (13). As assembleias ratificarão a decisão.
Após as assembleias, os trabalhadores seguirão em marcha até a Praça do Buriti, onde já estarão reunidos os professores, para realizar ato unificado por volta das 11h contra os calotes e ataques do governo Rollemberg e em defesa dos reajustes e direitos do funcionalismo público. Confira abaixo a programação das assembleias:
Educação
Sinpro (Sindicato dos Professores do Distrito Federal)
• Assembleia na Praça do Buriti, às 9h
SAE (Sindicato dos Trabalhadores em Escolas Públicas no Distrito Federal)
• Assembleia no Estacionamento da Câmara Legislativa, às 9h
Juntos, os sindicatos representam cerca de 40 mil servidores
Saúde
Sindmédicos (Sindicato dos Médicos do Distrito Federal) – em estado de greve
• Concentração na Praça Cívica da Câmara Legislativa, às 10h30
Sindate (Sindicato dos Técnico em Enfermagem do Distrito Federal) – em greve
• Concentração na Câmara Legislativa, às 10h
Sindsaúde (Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal) – em estado de greve
• Assembleia na Praça Cívica da Câmara Legislativa, às 10h
Juntos, os sindicatos representam cerca de 33 mil servidores
Administração Direta
Sindser (Sindicato dos Servidores e Empregados na Administração Direta, Fundacional, das Autarquias, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista do Distrito Federal)
• Assembleia no estacionamento do Tribunal de Contas do DF, às 9h
Sindireta (Sindicato dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta, Autarquias, Fundações e Tribunal de Contas do Distrito Federal)
• Assembleia em frente à Câmara Legislativa, às 10h
Sindetran (Sindicato dos Trabalhadores em Atividade de Trânsito, Policiamento e Fiscalização de Trânsito das Empresas e Autarquias do Distrito Federal)
• Concentração na Câmara Legislativa, às 10h
Juntos, os sindicatos representam cerca de 30 mil servidores
Fonte: CUT Brasília