Escola é alvo de bandidos, de novo

A ação de bandidos nas escolas do DF está se tornando corriqueira, para desespero da comunidade escolar.
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A escola da vez foi o Centro de Ensino Fundamental 28 (CEF 28), situada no Setor Habitacional Sol Nascente (Ceilândia). Dessa unidade foram levados, após arrombamento, 10 CPUs e 18 monitores do programa ProInfo e 11 computadores completos que tinham sido doados para a escola. Além disso, furtaram teclados e mouses. Em resumo, os ladrões acabaram com a sala de informática, um local construído para atender à demanda dos alunos. A ação dos bandidos ocorreu na madrugada de segunda-feira e está sob investigação da 19ª Delegacia de Polícia Civil (Setor P Norte, Ceilândia).
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“A escola tinha que ser algo inviolável: é um bem muito grande, onde as pessoas recebem a educação. Mas, infelizmente, não pensam assim. Aí, a instituição fica sujeita a isso”, desabafou a diretora do CEF 28, Glauce Kelly Furletti. Ela lembra que está é a quinta vez que a escola é atacada em dois meses, mas não com este nível de violência.
De acordo com o delegado-chefe da 19ª DP, Fernando Fernandes, o roubo à escola está associado ao tráfico de drogas. “Para manter o vício, os usuários de drogas revendem para pessoas que trabalham na área de informática, por exemplo, ou trocam direito na boca de fumo”, disse.
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Crime recorrente – O jornal Quadro Negro,  na edição de julho, traz matéria especial intitulada “Violência retira paz das escolas públicas do Distrito Federal”.
Na matéria, Samuel Fernandes, diretor de Imprensa do Sinpro, explica que “a violência e o tráfico aumentaram muito nas escolas públicas do DF nos últimos meses por causa da vulnerabilidade que as escolas estão vivenciando”. Ele afirma que faltam porteiros, vigilantes e não tem o Batalhão Escolar diuturnamente. “A polícia só aparece e permanece em determinada escola por algum tempo, depois que algo grave já aconteceu, como foi o exemplo da ameaça de morte sofrida, no fim de maio, pela diretora Renata, do CEF 33 da Ceilândia, ou depois de um assassinato, como o que ocorreu no pátio do CED 06 de Taguatinga, em março”.
Para ele, “o governo tem de investir em educação, com políticas públicas sociais para retirar esses jovens do tráfico, reformando e construindo novas escolas, propiciando um ambiente agradável e com segurança para toda comunidade escolar. Precisa oferecer condições para o professor desenvolver seu trabalho. Só com educação poderemos mudar esse quadro de violência”, afirma Fernandes.