Sinpro-DF orienta categoria a não fazer a avaliação institucional do GDF

O governo Rodrigo Rollemberg começou a pôr em prática a política da meritocracia. Com um cartaz e outras mensagens eletrônicas, o Governo do Distrito Federal (GDF) tem convocado o professorado para verificar sua caixa de e-mails e fazer uma avaliação institucional.
A diretoria colegiada do Sinpro-DF orienta a categoria a não fazer essa avaliação, a não responder a nenhum e-mail e a não preencher nenhum formulário sobre isso – nem online nem impresso -, uma vez que os critérios dessa avaliação não foram discutidos com a categoria e nem com sua entidade representativa: o Sinpro-DF.
No entendimento da diretoria colegiada, infelizmente, esse processo construído dessa forma, truculenta e sem discussão, não avalia o sistema educacional como um todo e tende a culpabilizar os (as) professores (as) pelos fracassos da educação.
A avaliação institucional tal qual se apresenta não avalia as condições de trabalho da categoria e pode ser usada para formalizar os primeiros passos do atrelamento do desempenho profissional à produtividade dos (as) professores (as) e às questões salariais.
Após análise realizada na reunião ordinária da diretoria colegiada do Sinpro-DF, nessa segunda-feira (29), as lideranças sindicais do movimento docente concluíram que a chamada avaliação institucional do governo Rollemberg é tão somente um levantamento de informações que não oferece ao governo os elementos necessários para construir um diagnóstico aprofundado e real sobre a escola e as condições de ensino e aprendizagem do Distrito Federal.
A diretoria colegiada lembra ainda que o plano do governo Rollemberg, apresentado durante a campanha eleitoral, fazia referência à implantação da avaliação de desempenho e da meritocracia como forma de definição dos ganhos salariais dos (as) servidores (as) públicos (as) do GDF. O que o GDF deve fazer é abrir o debate sobre uma avaliação institucional séria, elaborada democraticamente em conjunto com a categoria e sua representação sindical e de acordo com o que a educação pública realmente necessita.
Assim, tendo em vista o verdadeiro objetivo desse levantamento, a diretoria colegiada alerta o professorado de que é preciso ter cuidado com essa avaliação institucional e reforça a orientação aos (às) professores, orientadores e, enfim, a todos (as) os(as) trabalhadores (as) da educação a não preencherem nenhum formulário quer seja via e-mail quer seja impresso.