Professores da Rede Estadual de Sergipe aprovam greve por tempo indeterminado

IMG-20150518-WA00111
Os professores da rede estadual de ensino entraram em greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (18). Segundo a categoria, o Governo do Estado de Sergipe não garante os direitos da classe. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe (Sintese), 12 mil professores se reuniram em frente ao Palácio dos Despachos em Aracaju.

A deliberação pela greve e pelo ato público foi definida a partir da negativa do Governo de Sergipe em garantir os direitos dos professores e professoras. A partir da leitura do ofício enviado pelo Secretário de Educação para o SINTESE, como resposta à pauta entregue pela categoria no dia 30 de abril (quando aconteceu uma manifestação em frente à SEED), a Presidenta do sindicato, Ângela Melo, fez contundentes críticas ao tratamento que o Governo dá aos professores e professoras. De acordo com Ângela, “o secretário Jorge Carvalho e o governador Jackson Barreto tratam o piso do magistério não como um direito, mas como uma pretensão da categoria. Esse é um Governo que se caracteriza por negação do direito e por criminalizar professores e professoras”.

Ângela frisou também que há em curso uma campanha difamatória e enganosa do Governo de Sergipe, que tem como objetivo tentar desqualificar a mobilização dos professores e professoras. “Quem vê a propaganda e os discursos do Governo até pensa que não há mais problemas de violência nas escolas, que não há mais um grave problema na estrutura das escolas estaduais e que todos os professores recebem altos salários. Essa é a estratégia do governador Jackson Barreto: mostrar enganosamente que a educação em Sergipe vai a mil maravilhas”, destacou.

Após os debates, a categoria avaliou que a única alternativa neste momento é a realização da greve. “Buscamos o diálogo e tentamos a negociação, mas o Governo de Sergipe mostra que não tem compromisso com os direitos do magistério. A prova foi a resposta que nos enviou por ofício. Por isso, essa é a hora de construirmos uma forte, bonita e organizada greve”, destacou o professor Roberto Silva, diretor da base estadual do sindicato.
O diretor de comunicação do SINTESE, Joel Almeida, reafirmou o vigor militante do sindicato e a disposição da diretoria para permanecer em mobilização. “Sempre que negarem os nossos direitos, temos a obrigação de ir às ruas dialogar com estudantes, pais e a comunidade em geral sobre os problemas que enfrenta a educação pública em nosso estado. Fizemos isso todos os anos, independente dos governantes. Com Jackson não será diferente: continuaremos na luta, nas ruas, em defesa dos nossos direitos”, disse Joel.
Além da greve e do ato público em frente ao Palácio do Governo, os professores e professoras aprovaram outras atividades de luta, como campanha na mídia televisiva, radiofônica e outdoors, como forma de enfrentar o discurso enganoso do Governo; acompanhamento da agenda do Governador, de modo a pressioná-lo pela garantia dos direitos da categoria; mobilizações e atos nos bairros de Aracaju e nos maiores municípios do estado.

Com informações do SINTESE

IMG-20150519-WA0008

IMG-20150518-WA0014

IMG-20150519-WA0004