Funcionários da embaixada exigem abertura de negociações ao governo holandês

O Sindnações e os trabalhadores da Embaixada e dos consulados dos Países Baixos (usualmente chamados de Holanda) no Brasil enviaram documento ao governo holandês, solicitando uma nova negociação para a pauta de reivindicações da categoria, que já está em estado de greve desde o dia 21 de agosto. Caso não haja abertura de conversações e acordo satisfatório para os trabalhadores até o dia 30 deste mês, os funcionários podem paralisar o trabalho. A informação é de Marcondes Rodrigues da Silva, secretário de finanças do Sindnações, sindicato que representa os trabalhadores em Embaixadas e Consulados.
O estopim para que a categoria decretasse estado de greve foi o documento enviado em 2 de julho pelo governo holandês aos trabalhadores da Embaixada, afirmando que as reivindicações não seriam mais ouvidas e que os trabalhadores deveriam negociar diretamente com os sindicatos dos Países Baixos.
“Nós temos papel legal e de fato para representar os trabalhadores e reconhecimento da categoria. Como iríamos negociar com sindicato de outro país, com realidade salarial e legal e condições de vida e trabalho totalmente diversas? Isso é um absurdo”, diz o dirigente do Sindnações.
De acordo com Marcondes Silva, os funcionários da Embaixada e dos consulados holandeses esperam uma resposta satisfatória por parte do governo holandês desde abril do ano passado.  “Nós pedíamos 26% de aumento no salário e eles queriam pagar apenas 1,58%. Isso é, no mínimo, um desrespeito com o trabalhador”, diz o dirigente.
Veja trecho do documento enviado pelo governo Holandês aos trabalhadores da Embaixada dos Países Baixos:
“Por motivo de o Ministério (holandês) ter recebido uma resposta negativa à primeira proposta de (reajuste) 1,58%, desta vez não solicitará mais a opinião dos trabalhadores locais no Brasil. A nova proposta agora será oferecida aos sindicatos neerlandeses”.