CNTE define ações para o Projeto DST/Aids

Nessa segunda-feira (5), representantes de 15 sindicatos afiliados da CNTE – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação estão em Curitiba/PR para uma reunião de trabalho do coletivo do Projeto DST/Aids, que há onze anos é conduzido pela entidade. Ao longo destes anos o grupo tem sido responsável por uma grande mobilização da categoria no debate de políticas públicas para defesa da saúde pública.
O Presidente da CNTE, Heleno Araújo, a Secretária Geral, Fátima Silva e o Secretário de Assuntos Educacionais, Gilmar Ferreira, conduziram a análise de conjuntura, apontando no sentido de manter as ações de formação e incentivar a atuação dos sindicatos em defesa dessa temática no âmbito da CNTE.
“O momento é de retornar para nossas bases e reconstruir a consciência da classe trabalhadora quanto a importância da sua organização e atuação política. Também é momento para nos irmanarmos a todos os ramos e somar a força da educação numa pauta conjunta de lutas, sem disputas por um mero protagonismo”, ponderou o Presidente.
Com a mesma compreensão, Gilmar Ferreira analisa que “temos como desafio posto alargar os horizontes de compreensão da ‘disputa de projeto’ que é o que está em jogo, inclusive internamente na categoria”. Ele encerrou sua fala com a seguinte provocação: “O que posso fazer para melhorar a vida das pessoas?”.
Com o avanço da onda conservadora no Brasil, ao mesmo tempo que os recursos financeiros para continuar implementando o projeto são um desafio gigantesco, também é mandatório garantir a resistência para impedir que os retrocessos sejam ainda mais graves nas questões de gênero, saúde e prevenção, na escola e no currículo. Assim, a professora Fátima ressaltou a importância de superarmos esse momento construindo a luta da categoria:
“Por mais duro que seja esse momento, temos que fazer a leitura correta dos fatos e manter o diálogo com a sociedade. O Projeto DST/Aids se transformou e se adequou à realidade de cada momento que atravessamos ao longo dos últimos anos. A CNTE é assim, vamos resistir para fazer as lutas sem perder de vista os valores sociais que sempre nortearam o campo democrático popular. Nosso líder, o maior presidente da história desse país, está encarcerado, o momento não é para abandonar a luta.”, concluiu.
Todos os participantes tiveram a oportunidade de fazer sua reflexão a partir da perspectiva de seus Estados de origem.
Outro ponto de pauta da reunião, foi traçar a estratégia para a mobilização do 1º de dezembro, Dia Internacional da Luta contra a AIDS, e definir a logística de materiais que serão distribuídos pelas escolas visitadas durante a campanha.
Participaram da reunião em Curitiba/PR os seguintes sindicatos: FITE, APP Sindicato, APEOESP, Sind-UTE/MG, SINPRO/DF, SINPROJA, SINPROESEMMA, SINTEAL, SINTEGO, SINTE/PI, SINTE/RN, SINTE/SC, SINTEPE, SINTEP/MT e SINDIUPES/ES.