Escolas públicas visitam tenda do Sinpro no FAMA

Estudantes da rede pública de ensino têm marcado presença no Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA). Além de participarem dos debates e atividades propostas pelo FAMA, os estudantes tem contato direto com outras culturas e com informações sobre recursos hídricos a níveis nacional e internacional, e ainda têm a oportunidade de conhecer a tenda Espaço Educador Chico Mendes, montada pelo Sinpro.
Além de recepcionar estudantes, professores(as) e participantes em geral, a tenda do apresenta o trabalho que o Sinpro exerce na área de educação ambiental, nas oficinas que organiza, como o Espaço Chico Mendes, na Chácara do Professor. Para a coordenadora pedagógica Alda Ilza Lima, a visita à tenda do Sinpro é muito importante, uma vez que os alunos passam a conhecer os problemas da má gestão e da distribuição dos recursos hídricos.
“Quando eles chegam abordamos um pouco sobre as intervenções que levaram à crise hídrica, como a devastação do cerrado e abordamos a quantidade de água que o agronegócio usa no beneficiamento dos alimentos, questões que não são debatidas pela grande mídia e pelo Fórum Mundial da Água”, analisa Alda, complementando que a partir destes conhecimentos “os alunos fazem o contraponto e saem mais conscientes da responsabilidade individual que dada um tem pela água”.
Ana Cristina, professora do Centro de Ensino Médio 01, do Núcleo Bandeirante, diz que neste momento que os meios de comunicação só veiculam o Fórum Mundial da Água, fazer o contraponto e debater a água de uma forma não privatista é fundamental para a análise crítica dos estudantes. “Participar do FAMA é fazer uma análise mais crítica, é ter consciência que a água é uma riqueza de todos nós e não um produto para comércio. A água precisa ser preservada e todos nós precisamos lutar por isto, lutar contra a privatização, e os estudantes estão tendo esta oportunidade”.
Uma das estudantes que participaram do FAMA nesta terça-feira (20), Gabriela Chaves afirma que a experiência tem sido bastante positiva. “É muito interessante a ideia de várias culturas reunidas em um só propósito. Isto mostra o quanto a água é importante, mas não como mercadoria e sim como nosso direito”, garante.