28 de abril é dia de Greve Geral

Os constantes ataques à classe trabalhadora e a retirada de direitos motivaram inúmeras mobilizações no mês de março. Em abril, o chamamento é para uma Greve Geral, da qual, todos os trabalhadores, estudantes e movimentos sociais são convocados a participar para demonstrarem a contraposição da sociedade ao fim da aposentadoria, ao desmanche da legislação trabalhista e toda a imposição de retrocessos.
Um terrível exemplo é a reforma da Previdência, que tramita “a toque de caixa” e está prestes a ser votada. Um verdadeiro desmonte da nossa Seguridade Social, deixando o cidadão desamparado no momento em que ele mais necessita.
A PEC 287, que trata da reforma previdenciária, muda várias garantias previstas na Constituição de 1988, como impor uma idade mínima para se aposentar. Atualmente, não existe uma idade para que o trabalhador se aposente, mas, caso aprovada a reforma, ele terá que trabalhar até completar 65 anos de idade, inicialmente, e essa regra vale para homem e mulher, do campo ou da cidade, indistintamente. É uma PEC completamente cega, incapaz de enxergar diferenças de gêneros, sociais, culturais e econômicas. Nivela todos os trabalhadores num mesmo patamar, como se o Brasil do Nordeste oferecesse as mesmas condições de trabalho, oportunidades e qualidade de vida que a região Sul.
Outra exigência absurda é a contribuição previdenciária de 49 anos para se adquirir a aposentadoria integral. Então, para se aposentar, vai ser preciso começar a trabalhar com 16 anos de idade, nunca ficar desempregado ao longo de uma vida inteira, contribuir por 49 anos até chegar aos 65, e aí sim, conseguir a tão sonhada aposentadoria.
Apesar de alguns recuos do governo – graças a nossa pressão nas ruas – nada está certo sobre a aposentadoria especial para a categoria docente.
Por isso, o Sinpro e a CUT Brasília conclamam a todos para que parem um dia de trabalho, no dia 28 de abril, para barrarmos retrocessos que prejudicarão uma vida inteira.
Com CUT Brasília