3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres

Durante os meses de setembro, outubro e novembro milhares de pessoas se reuniram na 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres para discutir e debater políticas públicas em prol das mulheres. Os participantes abordaram temas como a autonomia econômica feminina, a maior participação das mulheres na política e o fim da violência contra as mulheres. A diretoria colegiada do Sinpro-DF mais uma vez esteve à frente por entender que a educação é imprescindível para a concretização dessa nova realidade. A primeira ação foi a realização da Conferência Temática Livre “Educação: Autonomia e Políticas para as Mulheres”, no dia 14 de outubro, onde delegadas e delegados da Conferência aprovaram o texto base  encaminhado para a 3ª Conferência Distrital.
De acordo com a ministra Secretaria de Políticas para Mulheres Iriny Lopes, depois que o Brasil conquistou avanços em relação ao combate da violência contra as mulheres, o principal foco dos debates será a construção da autonomia econômica e financeira feminina, que inclui a construção de mais creches no país, a ampliação da participação da mulher no mercado de trabalho, o fim das diferenças entre a remuneração entre os sexos e o combate ao trabalho informal.
 
Como propostas para a educação foram aprovadas:
* A transversalidade dos eixos: trabalho e a autonomia econômica das mulheres; combate à pobreza e à violência; saúde da mulher e os direitos reprodutivos; soberania alimentar, habitação, segurança e saneamento ambiental; educação não-sexista, inclusiva, anti-racista e promotora da autonomia;
* O compromisso que o Estado, a sociedade e a escola devem ter com a revisão dos valores culturais difundidos em todas as dimensões sociais, superando estereótipos que dificultam a igualdade de gênero e o reconhecimento da diversidade cultural étnica, racial, de orientação sexual e geracional entre as mulheres;
* A superação também de outros desafios na educação, que ainda reproduz o sexismo, o racismo, a homofobia, a lesbofobia e todas as formas de discriminação presentes na sociedade;
* A oferta de uma educação pública, de qualidade, laica, inclusiva, crítica e libertária com reestruturação do currículo e das ações pedagógicas;
* A implantação de creches, de políticas de educação infantil e de educação integral, em seus aspectos pedagógicos e sociais, que vão além do conceito de escola em tempo integral, considerando a amplitude que tais instrumentos trazem tanto para o trabalho pedagógico, que visa o desenvolvimento de crianças, jovens e adultos, quanto para a sociedade, vindo ao encontro da concepção progressista da educação, vinculando-a à luta e organização de classe, onde a autonomia das mulheres no mundo do trabalho é imprescindível.